Falar espanhol vira diferencial para empresas

Solução corporativa para a implementação de programas de linguagem de sucesso destaca espanhol como ‘essencial’

A Crítica
27/08/2022 às 19:43.
Atualizado em 27/08/2022 às 19:43

CEO e fundador da Nulinga, solução corporativa para implementação de linguagem, Martin Perri. (Divulgação)

O espanhol deixou de ser, há muito tempo, a segunda opção de língua estrangeira para se aprender no Brasil. Pesquisas apontam que o Brasil é um dos destinos mais escolhidos por empresas de língua espanhola que desejam expandir suas operações - e isso não ocorre somente por causa do nosso enorme mercado local.

  De acordo com o CEO da Nulinga, Martin Perri, deve-se também por ser um foco significativo de investimento e desenvolvimento na América Latina, já que muitos fundos de investimento apoiam as empresas iniciantes em seus diferentes estágios, e também porque oferecem modelos de negócios inovadores, com muita experiência em escalabilidade empresarial.

  “Enquanto o Brasil é a melhor posição na América Latina para o desenvolvimento de startups, São Paulo é a melhor cidade brasileira para startups que buscam expandir seu crescimento”, diz o especialista. 

 De acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), a cidade reúne cerca de 2.761 startups, sendo que 59,8% delas já receberam algum tipo de investimento”.

 Todo este potencial traz consigo uma nova perspectiva para o aprendizado do espanhol, idioma falado por mais de 500 milhões de pessoas em todo o planeta e que ganha cada vez mais relevância no mercado corporativo.

 “Embora o seu alcance não tenha a mesma amplitude do inglês, esta é a língua nativa de países interessantes economicamente para os brasileiros. Afinal, a maioria das nações latinas estão aqui perto e estão na mira de muitas empresas nacionais que pretendem se expandir”, completa.

  O espanhol vem ganhando notável protagonismo diante da necessidade de desenvolver novas capacidades linguísticas entre equipes de diferentes nacionalidades latinas, sobretudo por se tratar de um idioma cuja estrutura é semelhante ao português, ainda de acordo com Martin.

 “Mas não se engane: falar “portunhol” não leva ninguém a lugar algum no mercado de trabalho. Para que as empresas cresçam de fato é preciso que suas pessoas dominem o idioma de verdade, o que requer alguns anos de estudo”.

 Pelo fato de se derivarem da mesma língua, o latim, o português e o espanhol têm muito em comum. Essa familiaridade ajuda muito na aprendizagem do espanhol por parte dos falantes do português brasileiro - aliás, é mais fácil para um brasileiro aprender espanhol do que um falante de espanhol aprender português. No entanto, é importante levar em conta que essa facilidade de aprendizagem não significa que é simples entender o idioma sem estudá-lo.

América Latina é solo promissor

A  América Latina está se posicionando como um pólo promissor de startups e inovação perante outras regiões do mundo. Entre 2017 e 2021 a região captou mais de US$ 6 bilhões em investimentos, resultando em 34 startups unicórnio — ou seja, empresas com valor de mercado superior  a US$ 1 bilhão.

 
Esses dados foram mencionados por Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank e colunista de uma grande publicação de economia. Todos os países que fazem fronteira com o Brasil têm o espanhol como língua oficial, com a exceção apenas da Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

 “Isso é importante não somente do ponto de vista econômico e comercial, quanto também cultural e até social, já que compartilhamos culturas similares”, complementa Martin Perrin, CEO e fundador   da Nulinga.

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