Especialistas orientam sobre a importância de realizar exercícios para se dar bem em provas como o exame nacional
(Foto: Arquivo/AC)
Uma boa forma para reter conteúdo e ter um bom desempenho em provas de vestibulares, concursos ou em exames de proficiência em línguas é utilização de técnicas de estudos. E elas também funcionam na hora de estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),
Esses métodos podem ser por mapas mentais, resumos, fichamentos, construção de tabelas, tática mnemônica, utilização de várias cores para marcar pontos importantes em um texto, tira-dúvidas na internet, etc. Por serem diversos, cada pessoa usa a que está de acordo com sua individualidade.
A resolução de questões é uma das formas mais eficazes de reter os assuntos cobrados em vestibulares. Para a diretora de ensino das Escolas IDAAM e especialista em processos seletivos, Ludmylla Rondon, os candidatos devem bater metas diárias para um aproveitamento melhor nos estudos. “O Enem hoje é a nossa base. A preparação começa desde a tarefa. Então, essa rotina deles baterem meta quantitativa de exercício é imprescindível”, explicou.
Segundo ela, toda hora dedicada ao estudo precisa gerar resultados. Uma boa forma de avaliação de retenção de estudos é justamente testar a fixação com a resolução de questões. “Aqui, na primeira semana do ano, você não faz tarefa. Depois são 5 exercícios, depois 6, depois 7... isso vai crescendo gradualmente. Quando chega ao meio do ano, já foram 280 questões feitas. Teoricamente, é para ficar desesperado, mas não. Quando o candidato enxerga que existe um planejamento, você otimiza seu estudo ao máximo”, ressaltou.
Mais chances de acerto O professor e diretor de Ensino e Inovações Educacionais do SAS Plataforma de Educação, A demar Celedônio, explicou que a resolução de exercícios é uma excelente técnica para fixar conteúdo. “Em uma avaliação, ao deparar-se com uma questão cujo conteúdo já tenha aparecido em alguma questão já respondida antes, a chance de acertá-la é muito maior, pois o aluno já tem uma ideia de como seria a resposta e já conhece o contexto que envolve o assunto abordado”, disse.
No Enem são comuns temas recorrentes, por isso, quanto mais questões respondidas, mais o candidato estará preparado para o dia da prova. “Mesmo ao deparar-se com abordagens diferentes, os conteúdos já estarão mapeados em sua cabeça e ele conseguirá transpor os desafios mais facilmente”, afirmou o professor.
Tática
Para a vestibulanda Rayza Jerônimo, 16, a resolução de questões acaba sendo uma ferramenta importante para entender os comandos e quais assuntos caem mais na prova. “Quando se compara as estatísticas e compara os assuntos repetidos, você tem noção de quais são fáceis de acompanhar ou investe numa técnica de chute na questão. Porque uma questão te deixa fora ou dentro da universidade”, comentou.
A redação do Enem é um dos quesitos que mais aterroriza os vestibulandos. O tempo para fazê-la é determinante para um bom desempenho e, conseqüentemente, uma boa nota. “Tem assuntos na redação que eu arraso, mas têm outros que não. Você não tem que só expor o problema, tem que propor uma solução e falar o que a sociedade enxerga disso. Só tem 1h20min para fazer uma boa redação”, diz a estudante.
Receita não existe
Outro ponto importante é treinar simulados. “Não existe fórmula, receita de bolo. Tem aluno que vai começar pela redação, tem aquele que vai começar pela prova. Mas para saber isso ele tem que ter tentado”, aconselha Ludmylla Rondon. O simulado também treina o tempo que o candidato leva para fazer a questão.
Vídeo-aulas ajudam a fixar estudo
Outro método de estudo bastante utilizado é a vídeo-aula. Segundo Ademar Celedônio, as pessoas fixam melhor as informações por meio de vídeo do que por textos escritos. O vídeo é um catalisador, diminuindo a distância entre resolução e conteúdo. “A resolução das questões em vídeo transpassa por vários elementos que não estão no papel, pois os professores aproveitam para dar mais contexto à questão, dando uma pequena aula”, ressaltou.
Para ele, o aluno tem vários ganhos: consegue ter mais propriedade sobre o assunto e fica preparado para resolver diversos tipos de questão. Mas é preciso ter cuidado com qual método trabalhar. O que deu certo até o ano passado pode ser que não esteja dando esse ano. Você precisa se redescobrir”, explicou Ludmylla Rondon.