UEA equipa unidades da capital e interior com desfibriladores

Os desfibriladores estarão disponíveis, a partir de setembro, em todas as unidades da UEA na capital e nos Centros de Estudos Superiores localizados no interior do Estado

acritica.com
18/08/2022 às 15:52.
Atualizado em 18/08/2022 às 15:52

Vice-reitora esteve em Iranduba, onde entregou desfibrilador ao representante da UEA no polo de Iranduba, Adailson Souza (Foto: Daniel Brito)

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) torna-se a primeira instituição de Ensino Superior do Amazonas a ofertar, para a comunidade acadêmica, serviço de primeiros socorros com o uso de Desfibriladores Externos Automáticos (DEA). Nesta quinta-feira (18/08), os primeiros equipamentos foram entregues nas unidades dos municípios de Iranduba e Manacapuru. 

Os desfibriladores estarão disponíveis, a partir de setembro, em todas as unidades da UEA na capital e nos Centros de Estudos Superiores localizados no interior do Estado. A ação marca o compromisso da nova gestão superior com processo contínuo de melhoria da estrutura ofertada a docentes, discentes e técnicos administrativos da instituição. 

Durante visita aos Núcleos de Ensino Superior de Iranduba e Manacapuru, a vice-reitora da UEA, Prof.ª Dra. Kátia Couceiro, iniciou a entrega dos desfibriladores, acompanhada dos Pró-reitores de Interiorização e Administração, Prof. Me. Valber Martins e Prof. Dr. Nilson Oliveira, respectivamente. 

O DEA é um equipamento portátil que avalia, automaticamente e com precisão, as potencialidades letais, arritmias cardíacas de fibrilação ventricular e taquicardia ventricular em um paciente. Além de diagnosticar, ele é capaz de tratá-las por meio da desfibrilação, uma aplicação de corrente elétrica que para a arritmia, fazendo com que o coração retome o ciclo cardíaco normal. 

O aparelho faz, ainda, com que a chance de sobrevivência da vítima não dependa somente da chegada do socorro.  Além disso, o DEA pode ser utilizado por qualquer pessoa, desde que o condutor da ação tenha realizado treinamento prévio para o uso.  

Capacitação

De acordo com a vice-reitora da UEA, a Prof.ª Dra. Kátia Couceiro, servidores da instituição, de cada uma das unidades, aprenderão a usar corretamente os desfibriladores. Eles receberão treinamento da equipe da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em parceria com profissionais da Liga Acadêmica de Cardiologia. 

“Queremos garantir saúde e segurança para a comunidade acadêmica em todas as nossas unidades. Quando utilizado corretamente, o desfibrilador pode reverter um quadro de parada cardíaca em 86% dos casos. A disponibilidade de desfibrilador em um local com grande fluxo de pessoas faz a diferença na prevenção de mortes por parada cardíaca", pontuou Kátia Couceiro, que é médica cardiologista.

De acordo com o reitor da UEA, o Prof. Dr. André Zogahib, esses dispositivos são automáticos, de uso prático. “Por meio de um treinamento simples, conseguimos capacitar pessoas para salvar vidas. E o objetivo é que esses profissionais treinados sejam multiplicadores de conhecimento e passem adiante as técnicas de manuseio do equipamento”, explicou o reitor. 

Prevenção

Dados da American Heart Association (AHA) revelam que 85% das pessoas que sofrem parada cardíaca fora de um hospital morrem por falta de atendimento adequado. Anualmente, no Brasil, cerca de 200 mil pessoas são vítimas de morte súbita devido às arritmias cardíacas fora do ambiente hospitalar. Diariamente, cerca de 710 brasileiros são vítimas de morte súbita. Isso pode atingir qualquer pessoa independentemente de idade ou sexo e, em geral, é assintomática. 

Nesse contexto, o uso correto e rápido do desfibrilador automático em locais de emergência aumenta em até 90% a chance de a vítima sobreviver.  Porém, sem o auxílio do equipamento ou com a demora de um resgate, esse percentual reduz bruscamente para 2%. 

O estudo da AHA explica que se a vítima for socorrida no primeiro minuto após a parada ela tem 90% de chance de sobreviver. Caso a desfibrilação ocorra em até 4 minutos, o índice de sobrevivência gira em torno de 70% a 30%. Em 7 minutos, a chance de sobrevivência da vítima fica na média de 20%. Após esse tempo, a probabilidade de vida varia em 0 a 2%. A cada minuto que passa sem socorro, a vítima perde 10% de chance de sobreviver.

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