MUDANÇA

Da música à gastronomia: artistas amazonenses falam sobre novas escolhas profissionais

Davi Escobar, Markito e Marcelo Nakamura migram da música para a culinária

Gabrielly Gentil
27/08/2022 às 15:03.
Atualizado em 27/08/2022 às 15:03

(Fotos: Arquivo Pessoal)

Três músicos amazonenses com histórias em comum: Davi Escobar (ex-vocalista da banda Alaidenegão), Marcus Vinicius, mais conhecido como Markito (ex-trompetista da Alaidenegão) e o cantor e compositor Marcelo Nakamura revelam seus talentos para além dos palcos. Os jovens artistas começaram na música, e com o tempo se descobriram íntimos do universo gastronômico. Após longa carreira artística na mesma banda, Davi e Markito resolveram seguir no caminho da culinária; Nakamura, por sua vez, se aventurou na cozinha durante a pandemia, mas afirma ao BEM VIVER TV que escolheu viver da música. 

Marcelo Nakamura acumula aproximadamente 15 anos de carreira musical. O artista têm dois discos lançados, três singles, e está se preparando para lançar o primeiro videoclipe. Durante a pandemia, impossibilitado de subir aos palcos, Nakamura decidiu colocar um sonho antigo em prática, e estreou na gastronomia com uma iguaria amazônica preparada por ele: a pupunha em calda. “O meu pai fazia uma pupunha na minha infância, que é uma pupunha doce em calda: uma calda doce, que era bem diferente, nunca vi ninguém fazendo. Essa pupunha eu batizei de ‘Pupu do Naka’, e fiquei uns seis meses produzindo”, recorda o artista. 

Apesar do gosto pela culinária, e do sucesso com as pupunhas, após o período mais crítico da pandemia, Nakamura decidiu voltar para a sua primeira paixão: a música. “Como as coisas foram voltando, eu fui deixando de lado, porque o meu trabalho mesmo é com a música”, diz ele. Atualmente, Marcelo mora em São Paulo, onde participa da produção musical de um espetáculo, que estreia no fim de novembro. Talento na cozinha e nos palcos é o que não falta, porém, o artista diz que, por enquanto, pretende seguir com apenas com a música. 

Do vocal à culinária

O ex-vocalista e guitarrista da banda Alaídenegão, Davi Escobar, hoje leva uma vida diferente da que viveu nos últimos 15 anos. Morando atualmente no Canadá, o artista deixa a vida agitada de shows, e a nova rotina passa a ser na cozinha de um restaurante. “Não foi bem uma troca, porque eu também não deixei de ser músico, e também já tinha esse lado da gastronomia antes. Mas foi uma mudança, porque eu precisei. Surgiu a oportunidade de fazer essa viagem, de fazer esse curso, tentar uma vida nova, e acho que nunca é tarde pra gente ser o que poderia ter sido. Tá sendo uma experiência maravilhosa” celebra o artista, que estuda panificação e confeitaria, e trabalha num restaurante de frutos do mar no exterior. 

Durante um período, Davi conseguiu conciliar as duas profissões: ele trabalhava num restaurante em Manaus, e continuou tocando com a Alaídenegão. Mas, ao decidir engajar na gastronomia – decisão essa, bem aceita pelos outros integrantes da banda – o artista revela: “Por enquanto eu to focado nisso: aprender o máximo possível, trabalhar o máximo permitido e, quem sabe, no futuro, começar alguma coisa própria por aqui”, revela Escobar.

Novos objetivos

Markito atuou como músico na cena alternativa da noite manauara, e teve a oportunidade de conhecer várias cidades e de participar de vários festivais independentes pelo País. O artista conheceu os meninos da “Alaídenegão” na universidade, onde foi convidado para integrar a banda que fez parte por 10 anos. Mas, a história dele com a gastronomia começou quando ele deixou de comer carne, há 17 anos. “Em razão disso tive que aprender a cozinhar. Ao longo dos últimos anos estive na cozinha quase todos os dias, então decidi que era hora de aprimorar minhas habilidades culinárias”, diz ele. 

Atualmente Markito estuda gastronomia e é professor de letras. “No momento a música se tornou um hobby pra mim, eventualmente me apresento como DJ, mas uma vez músico sempre músico”, ressalta o artista, que atua como free-lancer na cozinha e em breve pretende abrir o próprio empreendimento no ramo. “A busca por novos objetivos de vida fez dessa decisão um processo natural sem ressentimentos. Guardo com carinho todas as experiências e aprendizados com a banda, ao comunicá-los da minha escolha todos respeitaram e aceitaram minha decisão”, conclui. 

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