Segundo Sexólogas, a trilogia teve um enredo com mais abusos que erotismo e prazer
Lançado no auge da pandemia com a proposta de entregar sexo e muitas cenas quentes ao seu público, a trilogia de “365 Dias Finais” estreou nesta sexta-feira, 19 e já conta com uma série de críticas dos amantes da Netflix.
Os filmes anteriores ficaram por semanas no top 10 da plataforma no Brasil e em diversos países com sucesso de audiência. Como todos sabem o filme conta a história de Laura (Anna-Maria Sieklucka), sequestrada por Massimo (Michele Morrone) na tentativa de que ela se apaixone por ele, como as criticas já descritas, uma relação construída a partir do abuso feito a uma mulher. O intrigante é que neste terceiro filme, Laura fica indecisa em relação a seus sentimentos a Massimo e Nacho.
As cenas de sexo e fetiches, normais nos anos 80 e 90 foram novidades nos filmes voltados ao um público feminino na atualidade, mas a história e o enredo são criticados por sexólogas. No auge das criticas, os comentários nas redes sociais diziam que a história estigmatiza práticas e o viés machista da produção. O delírio de despertar o desejo de um homem sexualmente atraente e multimilionário acabou sendo para muitas mulheres o que gerou aquele brilho nos olhos, mas por trás disso, era apenas mais uma relação doentia como escutamos das nossas amigas e tias. Segundo a Sexóloga Mara Magalhães o público feminino merece bons filmes eróticos sim, mas nada que pareça algo doentio.
Para a sexóloga é como falar de Cinquenta Tons de Cinza, há um subjugamento da mulher,romantizaram a submissão ao abuso que ela sofre.
O terceiro lançamento foca em um triângulo amoroso e sobre duvidas da protagonista, como o poliamor. Com Massimo, a relação é de sedução, poder, brigas e reconciliações e um sexo mais selvagem, se sente controlada por ele. Já com Nacho o sexo é mais romântico, carinhoso, com palavras doces, mas com muito prazer também e uma liberdade que a encanta.
Ele é um homem que ela se sente protegida, cuidada, livre para viver e ainda tem um sexo prazeroso com amor, carinho e romance, diga-se de passagem, o que a maioria das mulheres querem, mesmo tendo sua liberdade e independência.
Mesmo sendo uma escolha aparentemente difícil entre um relacionamento tóxico e outro aparentemente mais saudável, o filme termina com um enredo aberto e decepciona sem final assim como Cinquenta Tons de Cinza. Pouca história, muita sedução, com cenas quentes de sexo, e o intrigante; mostra que Massino realmente tem sentimentos por Laura, apesar de não demonstrar de forma romântica e sim tóxica e doentia.
A impressão é que a história não acabou por aí.