Praciano afirma que governabilidade no âmbito nacional não pode travar sigla no AM
(O deputado federal Francisco Praciano defende que o PT tenha candidatura própria)
Pré-candidato a prefeito de Manaus, o deputado federal Francisco Praciano afirma que a questão da governabilidade que coloca o Partido dos Trabalhadores lado a lado com PMDB, PSD e o PDT, “não pode ser usada para anular o PT”. “Não é porque temos aliados que a gente tem que ser 'caudatário', ou seja, viver na cauda de alguém, ou atrás. A governabilidade pra gente só trouxe prejuízo. Eles já se juntaram com o Amazonino, com o Alfredo (Nascimento), e nunca deram espaço ao PT”, disparou o parlamentar.
O presidente municipal da legenda, Valdemir Santana, por outro lado, mantém o discurso de que não há conversas no sentido de apoiar o prefeito Amazonino, ou candidato indicado pelo PMDB ou PSD. “Eu não tive votos, foi nossa tendência política quem teve. Agora, foram apenas os delegados. Tudo vem depois das convenções”, comentou.
Em 2008, mesmo com a orientação da direção nacional do partido, o PT em Manaus lançou a candidatura de Francisco Praciano. No primeiro turno da eleição, o petista ficou com a quarta colocação. Perdeu por pouco para o então vice-governador Omar Aziz (hoje governador), que também não foi para o segundo turno, disputado por Amazonino Mendes e o então prefeito Serafim Corrêa.
No último domingo o PT escolheu os 500 delegados que irão decidir se, este ano, o partido terá candidatura própria ou se irá apoiar um aliado nas eleições municipais de outubro. Os grupos ligados a Valdemir Santana, e ao secretário municipal Valtair Cruz, terão 293 delegados para a votação de 3 março.
O grupo do vereador Ademar Bandeira, terá 24 delegados. O titular da Secretaria Estadual de Articulação de Políticas Públicas aos Movimentos Sociais (Searp), o "Zeca do PT", vai com 22 delegados. A chapa de João Pedro, contará com 33 delegados e as chapas dos deputados Praciano e Sinésio Campos, levarão 87 e 43 delegados, respectivamente.