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Governos possuem relatório das áreas de risco em Manaus

Previsto para ser concluído em abril, estudo do CPRM que mapeou as áreas de risco de Manaus é uma ferramenta no trabalho de prevenção de desastres

Maria Derzi
14/01/2012 às 20:13.
Atualizado em 12/03/2022 às 16:25

(Uma das situações de riscos de mais destaque é a cratera que avança nas casas da rua Londres, no bairro Grande Vitória, na Zona Leste da cidade)

As defesas civis do Amazonas e de Manaus já têm à disposição informações específicas e atualizadas sobre as áreas que apresentam alto risco de desabamento e deslizamento na cidade de Manaus para subsidiar as ações de contingência no atendimento  às populações das áreas de risco.

O estudo realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) que mapeou todas as áreas de risco da cidade de Manaus contém informações sobre a identificação das áreas de maior perigo, as principais causas e o tipologia de risco constatados no nosso solo e os impactos que as invasões ou a urbanização inadequada à nossa região poderão exercer no processo de deteriorização do solo.

 Elaborado com verbas do Ministério das Cidades e realizado em todo o País, em Manaus o levantamento faz parte de um convênio com  a Prefeitura de Manaus. “O prazo de término é abril de 2012. A ideia é mapear as áreas e fazer um cadastro das moradias em situação de risco”. disse o superintendente da CPRM, Marco Antônio Oliveira.

Ele explica que para cada área está sendo feito um processo de setorização de risco. “Setorizamos as áreas de acordo com risco: alto, médio, baixo ou nenhum para que os poderes públicos possam intervir da melhor forma possível. Até agora já foram mapeadas 70% das áreas de risco da cidade”, disse.

 O levantamento, que começou na orla de Manaus, da Compensa até o Mauazinho, foi estendido para as zonas Leste e Norte da cidade. “As áreas de maior risco estão nas zonas Norte e Leste, nos bairros Grande Vitória  e nas zonas Sul e Oeste, nos bairros Educandos e Mauazinho. Há casos que precisam de intervenção imediata”, disse.

Tipologias

Os graus de risco de  desastres  dependem da chamada tipologia de risco. “De acordo com a tipologia de risco, a orla de Manaus apresenta maior risco de desabamento das moradias por conta do escorregamento de terra devido a erosão fluvial que o rio Negro  provoca na orla. No bairro de São Raimundo, por exemplo, desde a  década de 50 os terrenos recuaram 30 metros”, explicou Marco Antônio.

Há também as áreas de risco decorrentes do avanço das águas em áreas onde as moradias não deveriam ser estabelecidas nas proximidades do leito dos igarapés. “Na área atrás da avenida Constantino Nery, o risco decorre do avanço das águas. As moradias naquela área são irregulares”, salientou.

Chuvas

O perigo está na relação do risco de desabamento com as chuvas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até dia 12 de janeiro já tinha chovido 70% (189.6mm) da média do mês. “A média de Manaus para janeiro é  264.2 mm. E janeiro é o mês do período chuvoso com menos precipitação. O forte é fevereiro, março e abril. Ainda vem mais chuva. Se as precipitações aumentarem, os serviços públicos devem monitorar as pessoas que moram em área de risco”, disse o chefe da sessão de previsão do tempo do Instituto, Veríssimo Farias.

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