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PMs acusados de cometerem crimes concorreram ao cargo de coronel

Tenente Felipe Arce Rio Branco encabeça a lista de promoções mas não tem chances por cumprir pena por tráfico de drogas

Jornal A Crítica
04/02/2012 às 21:16.
Atualizado em 11/03/2022 às 21:35

(Felipe Arce Rio Branco é acusado de tráfico de drogas)

Estão em aberto seis vagas na Polícia Militar do Amazonas para o preenchimento ao cargo de coronel - a mais alta patente da corporação. E há uma lista de 61 tenentes-coronéis de prontidão para disputá-las. Mas nem todos estão habilitados, uma vez que não atendem aos critérios para a promoção, que é feita pelo governador, mediante a análise de uma lista tríplice para cada uma das seis vagas.

De acordo com informação do diretor de pessoal  da Polícia Militar, tenente-coronel José Militão, as promoções para coronel  acontecem por merecimento e a prioridade é para os mais antigos.  Como a inscrição à vaga é automática, o tenente-coronel Felipe Arce Rio Branco é quem  encabeça a lista de promoções por ser aquele que há mais tempo está na Polícia Militar. Ele ingressou na corporação em janeiro de 1982.

Arce estaria apto à promoção se não estivesse preso, cumprindo pena por tráfico de droga, além de responder a mais nove processos criminais por homicídio, porte ilegal de armas, tráfico e receptação.  Arce é acusado do homicídio do ex-policial civil Santos Clidevar, motivado pelo tráfico de droga. Ele é acusado, ainda, de integrar a organização criminosa que teria  sido comandada pelo ex-deputado Wallace Souza, já falecido.

De acordo com Militão, além de Arce, outros 12 tenentes-coronéis já estão fora do páreo por encontrarem-se agregados a algum órgão público, exercendo alguma função civil. Muitos estão na Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP), outros na Casa Militar e secretarias estaduais e municipais. Entre os dez primeiros da lista com maior chance de promoção há pelo menos cinco que poderão ter a ascensão interrompida por estarem respondendo a processos na Justiça.

O segundo da lista mais antigo é o tenente-coronel Raimundo Roosevelt da Conceição.  Ele era considerado o homem de confiança do ex-secretário de Segurança Klinger Costa. Ele é réu do processo de homicídio que teve como vítima o técnico agrícola Fred Fernandes. Roosevelt chegou a ser preso e, atualmente, responde a processo em liberdade. Está na ativa lotado na SSP.

O tenente-coronel Aroldo Ribeiro é o oitavo da lista. Ele fazia parte da equipe de Klinger Costa e responde a dois processos por homicídio. É réu do processo de Fred Fernandes junto com Roosevelt e outros militares e também no processo da morte do ex-soldado da Polícia Militar Cleomar Cunha, o “Anjo da Morte”, assassinado a tiros na avenida Rodrigo Otávio, no Japiim, Zona Sul.

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