Pesquisadores analisam as condições da população de jacarés na área desde 2007
(Pesquisa avalia população de jacarés no Amazonas)
O projeto Conservação de Vertebrados Aquáticos Amazônicos (Aquavert) iniciou neste mês a primeira captura cientifica de jacarés de 2012 na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, noroeste do Amazonas. Ao longo do ano, o projeto realizará outras cinco capturas, com intervalos bimestrais.
Na Reserva Mamirauá, as capturas científicas de jacarés-açu ocorrem em diferentes épocas do ano, desde 2007.
As capturas têm como objetivo a obtenção de dados que permitam avaliar, a longo prazo, a estrutura das populações de jacaré-açu (Melanosuchus niger) da Reserva Mamirauá.
As pesquisas apontam que o número de jacarés adultos está aumentando na unidade de conservação. "Durante os últimos anos de monitoramento das populações de jacarés na Reserva Mamirauá, registramos uma tendência de estabilidade na abundância de jacarés-açu no lago Mamirauá. No entanto também temos registrado uma variação na estrutura de tamanhos dos indivíduos, sendo que a proporção de indivíduos maiores de dois metros, considerados adultos, tem aumentado", diz Robinson Botero-Arias, coordenador do projeto.
Condições
A primeira atividade do ano ocorreu no lago que tem o mesmo nome da Reserva, onde foram capturados oito jacarés, quatro machos e quatro fêmeas, todos em boas condições de saúde.
As capturas são realizadas à noite, já que as luzes das lanternas fazem os olhos dos jacarés brilharem na escuridão.
A bordo de uma embarcação voadeira, segurando uma corda de 20 metros, equipada com um laço metálico em uma das extremidades, o biólogo laça o jacaré.
Após ser imobilizado, o jacaré é trazido para a base de pesquisa, onde uma equipe de assistentes avalia as condições do animal, registrando 30 dados biométricos, que incluem peso, comprimento, e frequências cardíaca e respiratória.
Os pesquisadores também coletam sangue para dosagem de glicose e hormônios, e tecido para análises genéticas. Após a realização dos exames, o animal é marcado com cortes na cauda, que permitirão a identificação do indivíduo em uma futura captura.
O Aquavert é desenvolvido por pesquisadores do Instituto Mamirauá, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.
As informações são da assessoria de comunicação do Instituto Mamirauá.