Campanha que se encerraria neste dia 29 de setembro foi prorrogada até 14 de outubro
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) prorrogou, nesta quinta-feira (29/09), a segunda etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa de bovinos e bubalinos de até 24 meses, nos 41 municípios do Amazonas onde a vacinação ainda é obrigatória. Com a prorrogação da campanha, a imunização do rebanho e a notificação do procedimento junto à Adaf deverão ser realizadas até o dia 14 de outubro.
A coordenadora do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no Amazonas, Joelma Silva, afirma que a nova prorrogação da campanha se deu em face da falta de vacinas disponíveis para venda nas casas agropecuárias privadas, mas o problema será resolvido com a chegada de um carregamento de imunizantes esperado para esta sexta-feira, o que deve normalizar o abastecimento de vacinas nas casas agropecuárias. Nos municípios atendidos pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), o abastecimento de vacinas segue normal.
De acordo com Joelma, alguns laboratórios estão com dificuldades para fornecer o imunizante às casas agropecuárias, gerando um desabastecimento. Comprometida em garantir a sanidade dos animais e evitar que os produtores sejam prejudicados, a Adaf encaminhou ao Mapa o pedido de nova prorrogação. O ministério prontamente acatou a solicitação e prorrogou até o dia 14 de outubro o prazo para a vacinação e a devida notificação junto aos escritórios da Adaf.
O diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, disse que a nova prorrogação se fez necessária para evitar danos aos pecuaristas que, preocupados com a sanidade de seus rebanhos, estavam procurando por vacinas mas não encontravam.
Nesta etapa, estão contemplados os municípios de: Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Fonte Boa, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Japurá, Jutaí, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tefé, Tonantins, Uarini, Urucará e Urucurituba.
A vacinação de bovídeos é obrigatória e consiste em uma das estratégias do Pnefa para garantir o status desses municípios como zona livre de febre aftosa com vacinação. Além de essencial para garantir a sanidade do rebanho do Estado, a medida assegura a qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos amazonenses.
A expectativa é que, 230 mil bovídeos de até 24 meses recebam a vacina, no Amazonas. O imunizante é comercializado em alguns municípios pelo Idam e em outros por casas agropecuárias cadastradas junto à Adaf. A não imunização do rebanho acarreta multa de R$ 40 por animal, mais R$ 300 por propriedade.
A doença
A Febre Aftosa (FA) é uma doença causada por um vírus de RNA da família Picornaviridae e do gênero Apthovirus altamente contagioso, que acomete bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos e outros animais de cascos fendidos. A transmissão acontece principal por via respiratória ou por contato direto ou indireto com animais infectados.