Angústia: família de homem desaparecido após desabamento na BR-319 cobra por informações oficiais
Segundo o último dado divulgado, das 14 vítimas socorridas após a tragédia, 12 receberam alta de hospitais
João Nascimento Fernandes é um dos desaparecidos (Foto: Junio Matos)
O sentimento da família do funcionário público federal João Nascimento Fernandes, 58 anos, é de angústia. Ele é uma das vítimas que estão desaparecidas após o desmoronamento de uma ponte na rodovia BR-319, no município Careiro da Várzea, no Amazonas.
A tragédia aconteceu na manhã desta quarta-feira (28) e desde o ocorrido a filha de João Fernandes, Gilcilene Araújo Fernandes, 34, busca informações em hospitais sobre paradeiro do próprio pai, que desapareceu após o acidente. Ela não sabe se ele foi resgatado.
“Ele deixou o carro estacionado e falou pra minha mãe que ia ver se dava para passar, nessa hora que ele foi verificar, a ponte desmoronou. A gente não sabe de nada, ele estava sem documento e a única coisa que ele tem de diferente é a aliança no dedo e roupa que ele estava usando. Ele não usa cordão, não tem tatuagem”, disse a filha do funcionário público federal.
A notícia da tragédia chegou até o conhecimento das filhas às 9h desta quarta-feira (28), tempos depois do ocorrido, devido ao baixo sinal de internet na localidade. A angústia toma conta da família, que pede reforço às autoridades para as buscas das vítimas.
“O sentimento é de impotência, de a gente não conseguir resolver nada, não temos informações certas. A gente foi no (HPS) 28 de Agosto e lá eles disseram que três pessoas tinham sido transferidas para o (HPS) João Lúcio, chegando lá, nos informaram que só tinha duas pessoas lá. E eles me pediram para eu entrar e ver se o meu pai estava lá, eu entrei e não consegui encontrar ele. Ainda viemos fazer um cadastro no IML com as características dele”, contou ainda ela que estava, acompanhada da filha, no Instituto Médico Legal, na manhã desta quinta-feira (29), em busca de informações.
De acordo com as atualizações do Governo do Amazonas, das 14 vítimas socorridas após a tragédia, 12 receberam alta de hospitais e dois adultos, de 54 e 60 anos de idade, permanecem internados no Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo, na zona Leste de Manaus. Até o momento, três óbitos foram confirmados decorrentes do desabamento.