ENVENENAMENTO DE PETS

Cuidados que donos de pets devem ter para evitar envenenamentos acidentais

Nem tudo é tão inofensivo quanto parece. Os animais de estimação podem estar correndo sérios riscos de envenenamento até mesmo dentro de casa

Amariles Gama
26/03/2022 às 12:22.
Atualizado em 26/03/2022 às 12:22

O veterinário Shalako Chagas deu algumas dicas de como proceder em caso de envenenamento dos pets. (Foto: Divulgação)

Os casos de envenenamento em cães e gatos não acontecem somente de forma proposital e criminosa. Os animais de estimação podem estar correndo sérios riscos de envenenamento até mesmo dentro de casa. Um simples descuido ou a falta de conhecimento dos tutores a respeito da toxicidade de alguns produtos ou plantas, por exemplo, podem ser fatais para os pets.  

De acordo com o médico veterinário Shalako Chagas, qualquer produto químico ou não, que possa ser ingerido, inalado ou ter tido contato de pele e/ou mucosas pode causar envenenamento em cães e gatos. “As causas mais comuns são intoxicações causadas por raticidas, pesticidas, intoxicação com banhos ‘anti-carrapatos’, plantas tóxicas e mordedura em sapos”, destacou Chagas.

Algo que parece inofensivo, mas que é preciso atenção e cuidado são plantas tóxicas aos pets que muitas vezes são tidas em casa. Segundo Shalako, ter ciência desses riscos e evitar plantas como Espada de São Jorge, Comigo-ninguém-pode, Costela de Adão, Jibóia, entre outras, é necessário para quem tem animais em casa e quer mantê-los seguros. 

“Evitar terrenos baldios, ter cuidado ao fazer tratamento de pragas com o uso de inseticidas e raticidas para que o veneno não fique ao alcance dos animais e de crianças”, recomendou ainda o médico veterinário.

Os sintomas de envenenamento, segundo Chagas, são diversos e dependem da quantidade e do tipo de agente tóxico que o animal teve contato, ingeriu ou inalou. Os principais sintomas incluem sialorréia (animal que fica babando), pupilas dilatadas, incoordenação, vômitos, convulsões, podendo até mesmo evoluir para o óbito, de acordo com o veterinário. 

A jornalista, modelo e empresária, Fernanda Santos, passou um susto recentemente com o seu gato de estimação, o Baguera. O bichano passou uma semana internado após uma intoxicação causada por inseticida. Ela conta que sua mãe usou o produto químico para matar formigas em casa, e o felino inalou o cheiro, o que acabou causando nele uma infecção severa no estômago. 

“Ele estava muito mal, ele estava babando pela boca, salivando demais, ele estava doente mesmo. Nossa, foi muito difícil, porque eu achei que ia perder o Baguera, eu achei que o Baguera ia morrer. Ele ficou internado uma semana, e lá ele estava estável, mas não estava 100%. Ele só ficou 100% mesmo quando ele voltou pra casa, eu trouxe, cuidei dele, a gente tinha que dar remédio”, relatou. 


Fernanda Santos e o gato Baguera passaram por um susto (Foto: Arquivo Pessoal)

 Hoje, Baguera está sadio e alegre, segundo contou Fernanda, e tudo não passou de um susto. Porém, ela destaca que a recuperação dele só foi possível porque houve investimento financeiro e não foi pouco. Por isso, ela recomenda cuidados redobrados com os pets dentro de casa, além de levá-los com frequência ao veterinário e manter as vacinas regulares. 

“Aquele preto é tudo pra mim, e por pouco eu quase perco ele. E a gente só conseguiu mesmo porque teve investimento financeiro, porque aqui a gente não pode recorrer a ninguém, porque os animais não tem um apoio. Sei lá, acho que tinha que ter um SOS para cachorro, pra animal no modo geral. A gente só conseguiu salvar ele porque o meu namorado me ajudou, porque se não eu tinha perdido ele, porque eu não teria condições de pagar, a gente gastou uma nota”, contou.

Pet envenenado, o que fazer?

Em caso ou suspeita de envenenamento, o médico veterinário recomenda levar imediatamente o animal a uma clínica veterinária. “Nesse meio tempo induzir vômito pode ser bastante útil caso a ingestão do agente tóxico tenha ocorrido há poucos minutos”, recomendou Shalako. 

O médico veterinário destaca ainda que, dar leite ao animal nessas horas é um hábito bem comum, porém, não é recomendado. “Uma dica caseira simples e útil seria administrar clara de ovo para proteger a mucosa gastrintestinal e retardar absorção do agente tóxico”, disse Shalako, ao ressaltar que é necessário encaminhar imediatamente o animal a uma clínica veterinária para o tratamento adequado.

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