O novo decreto retira alguns itens fabricados no Polo Industrial de Manaus, mas não todos. A redução anterior de 25% da alíquota ainda incide sobre esses produtos, o que não afasta o risco às indústrias do modelo
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Horas após zerar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos concentrados de refrigerantes, com um golpe mortal à indústria de refrigerantes da Zona Franca de Manaus (ZFM), o presidente Jair Bolsonaro (PL) editou um novo decreto ampliando a redução da alíquota de diversos produtos para 35%.
Ao longo da semana a publicação feita na noite desta quinta-feira (29) já era prevista. Ela substitui, em partes, o decreto que iniciou o embate entre a indústria amazonense e o governo federal e que reduzia, em média, 25% do IPI para todos os produtos fabricados em âmbito nacional.
O novo decreto retira alguns itens fabricados no Polo Industrial de Manaus, mas não todos, como havia sido acordado entre o presidente e o governador do Estado Wilson Lima (UB), na última quarta-feira (27).
Fontes econômicas consultadas por A CRÍTICA, que avaliam o decreto com mais de 400 páginas, confirmam que os 10 produtos com maior arrecadação no Polo Industrial de Manaus foram salvaguardados na publicação.
Dentre eles estão os televisores, alguns tipos de motocicletas, forno microondas, aparelhos celulares, condicionadores de ar, relógios, placas de circuito impressa, autorrádios e reprodutores de áudio, bicicletas e reprodutores de sinal de TV.
No entanto, conforme noticiado por A CRÍTICA, a redução anterior de 25% da alíquota ainda incide sobre esses produtos, o que não afasta o risco às indústrias do modelo.