Cadela passa por procedimento inédito no Amazonas e recebe prótese em pata amputada
Operação inédita no Amazonas foi realizada pelo médico veterinário Shalako Chagas, que é especialista em cirurgia e ortopedia
Pantera, uma cachorrinha que apresentou anomalia nos ossos e precisou amputar uma pata, passou por um procedimento pioneiro no Amazonas. Ela, que apresentava dificuldades de locomoção e sofria com dores, tem uma nova vida após receber uma endoexoprótese no membro amputado. A cadelinha é o primeiro animal a passar por esse tipo de procedimento no estado.
A endoexoprótese é uma prótese que possui uma porção interna fixada dentro do osso do animal e outra porção externa impressa em 3D, que substitui o membro amputado. A operação inédita no Amazonas foi realizada pelo médico veterinário Shalako Chagas, que é especialista em cirurgia e ortopedia. Ele explica que o procedimento foi realizado em três etapas, com início ainda em março.
“A paciente apresentava anomalia nos membros anteriores durante o crescimento. O procedimento realizado precisa de três etapas: cirurgia de amputação e implantação da endoexoprótese, cicatrização e aderência da pele, início de ambientação com uma prótese temporária. E finalmente, a prótese definitiva”, explicou Shalako Chagas.
Segundo o médico veterinário, Pantera precisou completar 1 ano de idade para realizar a cirurgia para que a operação fosse bem sucedida, já que é preciso fechar as linhas de crescimento para esquematizar o procedimento e a prótese. “A prótese dará a ela melhor qualidade de vida e melhoria na dinâmica do movimento, aliviando dores na coluna e em outros membros”, disse.
Após o procedimento, Shalako explica que o animal necessita ainda de fisioterapia para adaptação da prótese e acompanhamento médico para minimizar complicações da cirurgia, ou a quebra da prótese, por exemplo.
“Uma das maiores complicações cirúrgicas seria a fratura no osso ao qual foi acoplada a endoprótese, deiscência de sutura (abertura dos pontos), retração cutânea e infecções”, explicou o especialista, ao ressaltar que no caso de Pantera, a cirurgia foi um sucesso e a paciente já está 100% adaptada e sem dor.