MONARQUIA EM MANAUS

Com discurso de preservação da Amazônia, "Rei Charles III" visitou Manaus duas vezes

Herdeiro de Elizabeth II assume o trono no lulgar da mãe, que morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos. A primeira visita a capital amazonense foi em 1978, e a segunda em 2009

Michael Douglas
08/09/2022 às 18:33.
Atualizado em 08/09/2022 às 18:34

"Chales III" esteve no Amazonas em 1978 e em 2009 ((Foto: Arquivo / A Crítica))

Prestes a ser coroado como Rei do Reino Unido, até mesmo já intitulado de “Charles III”, o filho Rainha Elizabeth II e herdeiro do trono britânico já esteve no Brasil em algumas oportunidades, tendo até mesmo visitado o Amazonas em duas oportunidades – uma ainda na década de 1970 e outra há cerca de 13 anos atrás. Primeiro na linha de sucessão, Charles III assume o lugar da mãe, que morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos. 

A primeira visita do monarca ao Brasil foi em março de 1978, época em que tinha 29 anos de idade, tendo visitado cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. No dia 16 daquele mês, ele esteve no Amazonas, tendo visitado a sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), acompanhado do então governador Henoch Reis. A visita também contou com uma visita ao Teatro Amazonas. 

O então príncipe ainda retornou ao país em 1991, desta vez do lado da Princesa Diana (sua então esposa), em 2002 e 2009, desta vez marcando também a segunda visita do monarca ao Amazonas, onde tratou de alternativas que contribuíssem para a redução do desmatamento, tendo se reunido com governadores do Amazonas, de Roraima, Mato Grosso e do Tocantins e com secretários de meio ambiente da região.  

Durante a reunião, Charles foi agraciado com o diploma Amigo da Floresta e do Clima, concedido pelo governo do Amazonas e pela organização não-governamental ambientalista Conservação Internacional. Depois, da reunião com os líderes dos estados amazônicos, Charles seguiu para a zona leste de Manaus, onde conheceu o trabalho de duas instituições não-governamentais, a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (Oela) e o Instituto de Permacultra da Amazônia (IPA).  


(Foto: Arquivo / A Crítica)

Na época, o príncipe recebeu da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), um documento denunciando a violação dos povos indígenas no País. Intitulado “Carta Mensagem dos Povos da Amazônia à sua Alteza o Príncipe de Gales”, o documento foi entregue durante reunião com diferentes etnias indígenas, com representações dos Ashaninca e Caripunas, do Acre, além dos representantes da Coiab.   

Na ocasião, os indígenas apontaram alguns dos seus direitos que estavam sendo violados, como a construção de hidrelétricas, a questão da não demarcação de terras indígenas, o aumento de doenças epidêmicas e a perseguição contra lideranças indígenas. Os indígenas propuseram ao príncipe Charles um modelo de desenvolvimento sustentável, com o qual se tenha recursos para as próximas gerações. O objetivo era criar uma aliança entre dois países para a construção de um Fundo de Proteção e Conservação dos Povos Indígenas. 

Após a visita a Manaus, o príncipe seguiu para a cidade de Santarém (PA), e a duquesa Camila Parker (sua segunda esposa) continuou em Manaus para conhecer o Inpa e realizar um passeio de barco pelo Rio Negro.

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