Um levantamento feito pela Confederação de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL) prevê que 82,6% das pessoas têm pretensão de comprar algum artigo relacionado à Páscoa
Apesar da queda de poder aquisitivo das famílias com a disparada da inflação que já está na casa dos dois dígitos, as entidades do comércio amazonense estão animadas para a semana de Páscoa e projetam uma expectativa de venda de 6% a 10% superior ao mesmo período do ano passado.
Um levantamento feito pela Confederação de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL) prevê que 82,6% das pessoas que responderam a pesquisa têm pretensão de comprar algum artigo relacionado à Páscoa, nesse período.
O item mais cobiçado pelos consumidores manauaras é a caixa de bombons e o ovo de chocolate. 68,4% dos consumidores pretendem comprar bombons, enquanto em segundo lugar, o ovo de Páscoa tem 49,4% da preferência dos consumidores.
Quando questionados a respeito da expectativa de gasto na Páscoa, 46,8% dos consumidores responderam que planejam gastar de R$ 101 a R$ 200. A maioria das pessoas que responderam a pesquisa vão fazer as compras de Páscoa em Supermercados ou em Shoppings.
Quase 60% dos consumidores consultados vão sair às compras para presentear os filhos. A CDL prevê que no período da Páscoa as vendas crescerão 6%, resultando em um faturamento de R$ 58 milhões.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio AM), Aderson Frota disse que em 2021 o setor ainda sofreu os efeitos da pandemia de Covid-19, mas que para este ano, a expectativa para as vendas no período santo é de de um pouco superior a 10%.
“No ano passado estávamos em uma situação mais fragilizada porque tínhamos acabado de sair da pandemia, mas logo em seguida fomos atropelados pelas crises internacionais com aumento das commodities, faltaram alguns insumos e tivemos o aumento do frete por conta do aumento do preço do petróleo no mercado internacional. A nossa previsão é que vai haver um aumento de mais ou menos 10% que não é um grande aumento”, disse Frota.
No entanto, na opinião do presidente da Associação do Comércio do Amazonas (Aca), Jorge Lima, o acumulado das vendas do segmento comparado com o ano de 2021 vai permanecer no mesmo patamar, sem um crescimento expressivo.
“O preço do ovo de Páscoa está alto e isso vai repercutir na venda do comércio. Agora, graças à vacina que as pessoas estão saindo um pouquinho mais, mas elas estão mais voltadas para programas em família. A gente espera que até o dia das mães vai melhorar”, analisou Lima.
Com a adoção pelo governo do Estado de medidas de distanciamento social nas duas ondas de covid-19 para diminuir as taxas de mortes, hospitalizações e os casos diários, o principal atingido foi o setor do comércio. Em 2021, os shoppings e o comércio não essencial fecharam em janeiro e retomaram as atividades paulatinamente a partir de meados de março.
Na época, as entidades representativas comerciais chegaram a recorrer de decisão na Justiça obtida pelo Ministério Público do Amazonas para limitar por quinze dias as atividades não essenciais.
Naquele momento, os sepultamentos por covid-19 começaram a ultrapassar a marca de 100 por dia e as internações pressionavam o sistema público de saúde.