As ações iniciaram nesta quarta-feira (10), pela comunidade indígena Santa Maria, localizada na Zona Rural de Manaus e seguirão até o dia 31 de outubro, data final do levantamento em todo o Brasil. Os territórios quilombolas também serão abordados nesta pesquisa
As ações iniciaram nesta quarta-feira (10), pela aldeia Santa Maria, localizada na Zona Rural de Manaus, e seguirão até o dia 31 de outubro, data final do levantamento em todo o Brasil (Foto: Gilson Mello)
Pelo menos 2,3 mil comunidades indígenas situadas no Amazonas receberão os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante o Censo 2022. As ações iniciaram nesta quarta-feira (10), pela comunidade indígena Santa Maria, localizada na Zona Rural de Manaus e seguirá até o dia 31 de outubro, data final do levantamento em todo o Brasil. Os territórios quilombolas também serão abordados nesta pesquisa.
Coordenador do Grupo de Trabalho de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, Fernando Damasco (Foto: Gilson Mello)
O estudo terá duas etapas. Na prática, a primeira é explicar o Censo Demográfico para as lideranças indígenas, aplicar um questionário sobre a comunidade, se é necessário guias de intérpretes e sensibilizá-las para permitir a entrada dos recenseadores nas comunidades indígenas.
Recenseadores já estão em comunidades indígenas do Amazonas para realizar o Censo Demográfico 2022 (Foto: Gilson Mello)
A segunda etapa, os recenseadores vão visitar todas as habitações para fazer as entrevistas com as famílias residentes. Ainda conforme Damasco, o questionário também apresenta algumas especificidades, diferente das aplicadas no Censo para o restante da população.
O coordenador técnico do Censo 2022 no Amazonas, Tiago Almudi, destacou que a pesquisa será essencial para a criação de políticas públicas voltadas aos povos indígenas e quilombolas.
Tiago Almudi é coordenador técnico do Censo 2022 no Amazonas (Foto: Gilson Mello)
E são pontos que espera a líder do povo Karapãna, a professora da educação escolar indígena, Marilda da Silva Paulino, 44: mudanças e melhorias para a comunidade que possui ao todo cinco famílias.
A professora e líder do povo Karapãna, Marilda da Silva, 44, espera mudanças e melhorias para a comunidade (Foto: Gilson Mello)
Ainda segundo o IBGE, o Censo Demográfico 2010 foi a primeira pesquisa que registrou a quantidade de etnias e de línguas indígenas existentes no Brasil. Foram contados 896,9 mil indígenas, de 305 etnias ou povos e falantes de 274 línguas indígenas.
No Amazonas, comunidades quilombolas estão situadas em seis municípios incluindo a capital amazonense. Esta será a primeira vez que o levantamento feito pelo IBGE chegará a esses povos.
Povos Quilombolas também devem participar do Censo 2022 (Foto: Gilson Mello)
"É o primeiro censo que vai retratar esses povos que têm uma origem específica no Brasil. E é importante porque vai retratar a realidade deles", finalizou Almudi