Especialistas explicam o que os frequentadores devem se atentar ao visitar esses lugares e orientam os donos dos parques quanto à documentação necessária
(Jeysy Xavier)
As condições de segurança nos brinquedos em parques de diversão de Manaus foram um dos assuntos mais comentados nas redes sociais durante a semana. Para o público, os parques da capital não passam a devida proteção e o medo das assustadoras cenas de filmes de terror assombra a população.
No dia 16 de julho, um acidente em uma montanha russa no parque de diversão no município de Parintins deixou sete crianças feridas. O acontecido levantou questionamentos de como são feitas as fiscalizações nesses brinquedos, principalmente nesse período sazonal, em que abrem diversos parques nos vários bairros de Manaus.
Ao levar a questão ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas, o (CREA), o gerente de fiscalização do órgão, Jhosnny Lima do Santos, afirmou que as fiscalizações são feitas periodicamente nos parques fixos, mas nos móveis, a fiscalização fica indevida e depende da denúncia da população.
(Jeysy Xavier)
“Nossas fiscalizações são feitas por meio de um planejamento, elas acontecem periodicamente e solicitamos as ARTs (Anotação de Responsabilidade Técnica) de manutenções e instalações. Cobramos que um engenheiro eletricista também esteja à frente das instalações, verificamos a parte dos extintores de incêndio e averiguamos se há registro junto ao conselho. Mas nos parques moveis a fiscalização é feita por meio de denúncia”, explicou.
Como o órgão não tem controle dos parques móveis que são instalados nos bairros, é necessário que a população procure o Crea e denuncie.
A equipe de reportagem do jornal A Crítica esteve em um dos parques fixos na Zona Leste de Manaus e conversou com o dono do espaço. Segundo Harley de Souza, 40, os planejamentos nos parques fixos são feitos regulamente pelo Crea e não apresente todos os documentos, o local não funciona.
“Hoje mesmo o Crea esteve aqui. Quando eles chegam, eu preciso apresentar meu engenheiro, meu eletricista e toda documentação necessária. Ter um parque fixo exige muito custo e para funcionar precisa está tudo legal. Nós fizemos manutenção todos os dias e graças a Deus nunca houve problema algum”, esclareceu.
Kethelen Figueira, 25, leva a filha de 12 anos regulamente ao parque e conta que se sente segura no local, para ela a maior preocupação são os parques que móveis.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, as medidas de segurança contra incêndio e pânico para Instalações como parques de diversão e demais montagens mecânicas ou eletroeletrônicas, devem ser apresentadas ao CBMAM para análise por meio de Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária (PTIOT), devendo constar a Anotação de Responsabilidade Técnica ou Registro de Responsabilidade Técnica - ART/RRT emitida pelo responsável técnico pelo projeto devidamente credenciado junto ao respectivo conselho de classe.
O CBMAM informou que realiza vistoria técnica nas instalações dos brinquedos de parques de diversão, para fins de emissão de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), quando solicitado pelo proprietário ou responsável, e somente após a aprovação em análise do projeto técnico das medidas de segurança cadastrado junto à DAT/CBMAM.