Podcast Sim&Não

Pauderney sobre Amazonino Mendes: 'Se eu fosse filho dele, não deixava ele ser candidato'

"Ele vai ter que fazer campanha, mas acho que quem pode se beneficiar da coligação que ele fez com o PSDB é o Arthur [Neto]”, disse Pauderney Avelino, que também desejou 'vida longa' ao ex-aliado

Jefferson Ramos
10/05/2022 às 18:32.
Atualizado em 10/05/2022 às 18:37

Pauderney Avelino (UB) durante podcast Sim&Não, de A Crítica (Foto: Arlesson Sicsú)

O presidente estadual do União Brasil, pré-candidato a deputado federal, Pauderney Avelino afirmou que "se fosse filho" do pré-candidato ao governo do Amazonas, Amazonino Mendes (Cidadania) não o deixaria concorrer nas eleições de outubro.

“Acho que ele deveria se preservar para aproveitar os anos de vida que ele ainda tem pela frente de uma outra forma sem estar querendo se meter numa guerra desta. Ele vai ter que fazer campanha, mas acho que quem pode se beneficiar da coligação que ele fez com o PSDB é o Arthur [Neto]”, disse o ex-deputado. 

Pauderney deu a declaração na tarde desta terça-feira (10) em entrevista ao podcast da coluna Sim&Não. Questionado se a saúde do pré-candidato de 82 anos, que assumiu que faz hemodiálise, teria algum peso na disputa eleitoral, Pauderney contou que chegou a aconselhar o filho de Amazonino, Armando Mendes, sobre os riscos da disputa.

“Desejo vida longa ao Amazonino, mas eu disse para ele e estava o filho dele presente, o Armando. Se eu fosse filho dele, eu não deixava ele ser candidato. Honestamente, estou falando isso de coração. Até ainda pela relação que tivemos”, respondeu.

Antes do governador Wilson Lima se filiar ao União Brasil, Amazonino chegou a cogitar ir para o UB, mas de acordo com Pauderney, o ex-governador demorou muito para decidir a filiação no partido.

“Ele não tomou a iniciativa de se filiar ao  nosso partido nem antes e nem depois da fusão. (...) Teve uma hora que não deu mais. Precisava resolver ele tem uma chapa de candidatos a deputado federal pequena e não tem uma estrutura no interior de políticos que o apoiem, não tem um grupo de deputados estaduais que possa eleger. Ele não tem time. Era isso que eu temia”, contou. 

IPI

Deputado federal por sete mandatos, Pauderney Avelino disse que conviveu com o presidente Jair Bolsonaro (PL) por 31 anos na Câmara dos Deputados e que quando o assunto é economia, Bolsonaro não tem ideias próprias e acata tudo que o ministro da Economia Paulo Guedes faz.

Avelino não exime Bolsonaro da responsabilidade pela edição dos decretos de redução do IPI que fere a competitividade da Zona Franca de Manaus, mas que na opinião dele, o presidente não consegue tomar qualquer decisão contra a equipe econômica. 

“O Paulo Guedes é um homem extremamente vaidoso e arrogante. Ele tem conceitos extremamente ortodoxo sobre economia que não se coaduna em um país como o Brasil de diferenças regionais gritantes. Bolsonaro não entende nada disso. Então, o que o Paulo Guedes ou o pessoal da equipe dele mostra para ele como verdade, ele faz e depois ele não sabe argumentar”, criticou Pauderney. 

O ex-deputado comemorou a decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou os decretos do presidente que reduziam a alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Moraes suspendeu parcialmente o decreto que zerou o IPI do polo de refrigerantes e parcial o que reduziu em 25% e 35% o IPI para o restante do país. 

“Não eximo a culpa do governo federal. Tanto um quanto o outro eles têm culpa porque o Paulo Guedes é ministro dele (Bolsonaro), ele poderia ter dado uma ordem para o Guedes reformular o decreto”, finalizou.

Assista o episódio na íntegra:


 

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