"Um dos motivos é a erosão, mas também principalmente as alagações da nossa comunidade", disse um morador da Comunidade Beco Airão
(Foto: Jeiza Russo)
Os moradores da Comunidade Beco Airão, bairro Cachoeirinha, realizaram uma manifestação na Avenida Álvaro Maia, na entrada do Viaduto Josué Cláudio de Souza, onde alegam que o complexo viário está próximo de desabar.
De acordo com o universitário e morador do local Victor Gama, 23, por conta das fortes chuvas deste ano, o barranco está sofrendo com a erosão, se aproximando dos pilares da ponte e também prejudicando os moradores com alagamentos.
"Um dos motivos é a erosão, mas também principalmente as alagações da nossa comunidade. Qualquer chuvinha de cinco, dez minutos mais intensa, a nossa comunidade começa a alagar. O nível de água muito, muito alto. Há um tempo atrás, teve até uma obra aqui, mas não adiantou. Nossos bueiros ficam entupidos o que colabora para que a água não escoe e aumenta a erosão", disse.
A professora Miriam Bonfim, 37, confirma que está abrindo uma cratera por baixo do viaduto e que várias obras já foram feitas, porém de nada adiantou, por isso a comunidade pede uma intervenção do poder público.
"A gente está pedindo a limpeza pública, uma drenagem dos bueiros. O viaduto aqui embaixo, se você olhar ele está danificado. Ele não está certo, tem alguma coisa errada aí embaixo por baixo dele, parece que está caindo. Já houve três reformas mas é aquela maquiagem né? Que resolvem nada", opinou a moradora.
Ainda segundo o universitário Victor Gama, os moradores já procuram pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) e o Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamin), entretanto a Comunidade Beco Airão continua sem uma solução para os problemas e nenhum órgão assume a responsabilidade pelas obras.
"Nossa área, está catologada dentro do PROSANIN, dentro do Mestre Chico, inclusive a nascente (do Mestre Chico) fica nessa cabeceira. Quando a gente vai na Prefeitura, ela diz que é um problema que quem tem que resolver é o PROSANIN. Quando vamos no Governo do Estado, eles alegam que o problema é com a prefeitura, porque é a responsável pela limpeza urbana. Então, a gente fica nesse ping-pong e correndo risco", desabafou.
A reportagem pediu esclarecimentos da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura (Seminf) e aguarda um posicionamento.