Taxímetro

Reajuste da tarifa após oito anos congelado

Taxistas veem como justo o reajuste tarifário e consideram que mesmo assim, houve aumento na clientela

Jeysy Xavier
03/07/2022 às 11:45.
Atualizado em 03/07/2022 às 11:45

(Fotos: Gilson Mello/Freelancer)

Aquilo que foi considero um aumento, como descrito e publicado no Diário Oficial do Município, não passa de uma recomposição de tarifas que há oito anos encontrava-se defasado. No último dia 13, o prefeito David Almeida (Avante) assinou o Decreto Municipal n° 5330/2022 que concede a correção das tarifas de serviço de táxi, passou a vigorar desde o dia 20 de junho, porém o aumento de 20% nas corridas não influenciou na busca dos usuários.

O presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos e Taxistas de Manaus (Sintax), Carlos de Souza afirmou que com tantos aumentos e com a concorrência, é  possível enxergar como aumento e sim uma cobrança justa.

“A gente nem chegou a discutir essa planilha, optamos pela negociação. Sabemos que se o reajuste for exorbitante a gente perde cliente. Estamos numa retomada de trabalho, a categoria está se reerguendo”, alegou.

Em Manaus, os preços da tarifa não eram alterados desde 2014 e ainda tiveram que concorrer com a chegada dos aplicativos. O tradicional meio de transporte resiste e tem procura crescente em todo país. Na capital amazonense, os profissionais viram os clientes irem e voltarem e acreditam que esse é o momento da categoria se reerguer.


João Batista é taxista há 32 anos (Gilson Mello/Freelancer)

“Sou taxista há 32 anos e nosso trabalho sempre foi confiável. Não é a toa que a população conheceu o trabalho da concorrência, mas voltou para o táxi. Nós trabalhamos todos esses anos sem aumento, é por isso que nossos usuários enxergam esse aumento de forma correta, e mesmo assim acompanhamos o retorno do nosso público”, disse João Batista.

 Renato Cruz, 47, é taxista há 25 anos e relatou que a categoria está sendo paciente e que trabalhou muitos anos sem obter, lucro mas resistiram.

“Trabalhos por muito tempo ‘metade pela metade’. Agora o aumento é pouco mas dá pra sobrar alguma coisa. Já podemos ver uma melhora e confiamos que tudo vai melhorar. Hoje já conseguimos fazer cerca de R$ 200 por dia e isso nos dá ânimo para continuar acreditando”, concluiu.

Os taxistas deverão estar com os taxímetros devidamente aferidos pelo Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM) no prazo de 90 dias a contar do dia 25 de julho e término dia 13 de setembro.

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