ATO PÚBLICO

Representantes do transporte ‘executivo’ protestam contra PL que reduz número de permissionários

Projeto de Lei 150/2022, aprovado ontem (6) na Câmara Municipal de Manaus, diminui de 470 para 280 a quantidade de veículos de serviço modal complementar, extinguindo os ‘alternativos’ e ‘executivos’

Malu Dacio
07/06/2022 às 13:55.
Atualizado em 07/06/2022 às 14:10

Membros da categoria dos 'executivos' realizaram ato público na frente da Câmara Municipal de Manaus (Foto: Gilson Mello)

Em resposta ao projeto de lei n° 150/2022 que diminui de 470 para 280 a quantidade de veículos de serviço modal complementar, extinguindo os ‘alternativos’ e ‘executivos’, que foi aprovado na casa ontem (6), representantes das categorias do transporte executivo reuniram dezenas de microônibus ocupando os arredores da Câmara Municipal de Manaus na manhã desta terça-feira (7).

O Projeto de lei integra os modais executivo e alternativo ao transporte coletivo tradicional e amplia a vida útil dos ônibus dos atuais 10 anos para um prazo que ainda será definido pela prefeitura.

Uma reunião entre o prefeito David Almeida (Avante), David Reis (Avante), e os membros da classe está marcada para hoje, às 16:30h, ainda sem local definido. 


(Foto: Gilson Mello)

Equias Sobrinho, representante da categoria do transporte executivo e presidente da Coopnova, afirmou que os veículos vão permanecer parados na casa legislativa como protesto. “Nós vamos sim para reunião com o Prefeito. A agenda dele é só 4:30 e nós vamos, mas nós não vamos retirar os ônibus daqui. Os ônibus vão ficar aqui paralisados e nossa manifestação só para depois de um sinal  positivo do Prefeito”, garantiu.

O representante afirmou que em  conversa com o presidente da Casa, David Reis (avante), o vereador garantiu que não haveria votação sem uma conversa entre a categoria e o prefeito. Equias defende que a reunião não aconteceu. 

“Realmente existia um acordo com o presidente da câmara para ele nos levar para uma reunião com o Prefeito pra gente deliberar essa questão e esse acordo não foi cumprido pelo presidente David Reis. Nós tivemos uma reunião com o presidente e ele falou que essa lei não entraria em pauta antes de uma reunião da categoria com o prefeito de Manaus”, afirmou.

“Essa reunião não aconteceu e ontem ‘na surdina’ ele colocou o projeto de lei em pauta e foi aprovado aqui na câmara, ao contrário da nossa reivindicação. Ele está reduzindo de 470 para 280. Isso vai deixar 760 famílias desempregadas. Nós não podemos concordar com isso jamais. Nossa categoria está aqui. Os ônibus estão parados aqui na frente da câmara. E nós não vamos sair daqui sem uma solução para esse problema”, garantiu o representante.

O presidente da câmara, David Reis (avante) passou por jornalistas presentes na casa, mas se recusou a falar com a imprensa. Em nota, a assessoria comunicação afirmou que o vereador David Reis, entende que toda e qualquer manifestação, ordeira, é legítima.

“Logo após seu pronunciamento no plenário da Câmara, em que anunciou a mediação de uma reunião da categoria que representa o transporte Executivo com o prefeito de Manaus, David Reis se reuniu com integrantes dos trabalhadores para reforçar o compromisso dele pelo diálogo e pela busca de soluções”, disse a nota.

O PL foi aprovado com oito votos contrários dos vereadores que estavam presentes no plenário Ruy Araújo durante a votação. O artigo 6º do projeto prevê que o pagamento será feito pelo passageiro ao cobrador ou ao motorista devidamente identificado.

O líder do prefeito na câmara, vereador Marcelo Serafim (avante) afirmou que a categoria não foi pega de surpresa. “Houve várias reuniões entre o IMMU e as categorias dos executivos e dos alternativos onde eles foram discutindo. Tiveram mudanças. Foi mostrado através de planilha que o número de passageiros dessas linhas só comportava até 220 ônibus. Já foi feito uma concessão para se chegar em 280. Isso foi negociado no IMMU. Ninguém foi enganado ou pego de surpresa”, disse Marcelo.

O projeto estava aqui há 30 dias na casa para ser votado. Eu sou o líder do prefeito e nunca fui procurado para conversar, dizer que estavam insatisfeitos ou coisas do tipo. Dizer que não sabiam, não é verdade. Pode não ser o que eles querem, mas eles sabiam”, garantiu.

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