Governador lançou pacote bilionário de 187 obras de grande impacto. “Vocês não imaginam o quanto eles ficam irritados todas às vezes que a gente lança um pacote de obras".
Amazonino Mendes e Eduardo Braga. (Foto: Raphael Alves/ A Crítica)
Com menos de oito meses da eleição, o governador Wilson Lima (UB) aumentou o tom contra os dois principais oponentes na disputa para o governo do Estado, nas eleições de outubro.
Durante o lançamento de um pacote de 187 obras que vai gerar um investimento de R$ 1,1 bilhão no setor da construção civil, criando 28 mil empregos diretos e indiretos, Wilson Lima provocou: “Vocês não imaginam o quanto eles ficam irritados todas as vezes que a gente lança um pacote de obras. Estou pouco me lixando para o que eles pensam”, disse Wilson na presença do deputado federal Marcelo Ramos (PSD) e dos estaduais Belarmino Lins (PP), Saullo Vianna (PTB), Fausto Jr. (MDB), Abdala Fraxe (Podemos), Adjuto Afonso (PDT) e João Luiz (Republicanos).
“Rompemos um ciclo que se estendeu por 40 anos e aí não preciso dar detalhes de como é que esse povo do passado agia, de perseguição e humilhação. Sabe aquela estória do governador se achava Deus, prepotente, arrogante, de bater na mesa de apontar o dedo na cara do prefeito e de humilhar o prefeito. Essa história não existe mais na história do Amazonas”, disse sem citar o nome de Amazonino Mendes e do senador Eduardo Braga, seus concorrentes virtuais na eleição de outubro.
O pacote inclui obras do novo Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+), reforma e construção de hospitais, reforma de delegacias, implantação de sistema de iluminação em LED, recuperação de estradas, sistema viário e saneamento básico.
O pacote de infraestrutura é dividido em duas partes e administrado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus (Seinfra) e Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE).
A expectativa é que o pacote de obras viabilize 28 mil empregos diretos e indiretos na área da construção civil. As obras sob a gestão da Seinfra somam 155 projetos, no valor de R$ 578 milhões. Já a UGPE gerencia um pacote de 32 projetos que somam R$ 529 milhões, com alcance em 61 municípios.
No segmento de logística e mobilidade, os investimentos estão distribuídos entre rodovias, ramais e estradas, sistemas viários e obras em aeroportos. Juntos, chegam a R$ 520 milhões.
A rodovia AM-352, por exemplo, que dá acesso ao município de Novo Airão será modernizada; já a AM-174 (Novo Aripuanã – Apuí) será recuperada, assim como a AM-329, que dá acesso a Envira. A Estrada da Emade em Tefé será recuperada dentro do novo pacote de obras. No caso da capital, as obras correspondem à pavimentação da ZF1, no KM 54 da rodovia AM-010 ao KM 41 da BR-174. A obra irá beneficiar o escoamento do gás, fazendo a interligação entre a AM-010 e a BR-174, reduzindo cerca de 90 quilômetros de transporte.
Dez prefeitos compareceram à solenidade: Lucenildo Macedo, de Alvarães; Marcos Antonio Lise, de Apuí; Tico Braz, de Caapiranga; José Pontes, de Canutama; Augusto Ferraz, de Iranduba; Vanilso da Silva, de Japurá; Junior Leite, de Maués; Frederico Junior, de Novo Airão; Raimundo Grana, de Silves; e Gamaliel de Almeida, de Tapauá; e três vice-prefeitos. Estiveram ainda no ato 12 ex-prefeitos.
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Ainda durante o evento realizado na rodovia AM-070, Wilson Lima anunciou que dispõe de R$ 50 milhões para a construção de um novo terminal pesqueiro em Manaus. Na última sexta-feira (13) o Terminal Pesqueiro de Manaus foi leiloado pelo governo federal. A empresa Amazon Peixes foi a vencedora, ao oferecer lance único de R$ 127 mil.
Segundo Wilson Lima, o local do novo terminal será definido pela colônia de pescadores, associações e peixeiros da Feira da Panair, na zona sul. “Se querem no porto de São Raimundo, na Panair. Qualquer beira de rio que eles decidirem, nós vamos construir esse terminal”, disse Wilson Lima.
O governador disse ser urgente a construção e lembrou o fracasso do terminal pesqueiro de Manaus. “Isso é uma novela porque a gente tem aquela geleira, aquele frigorífico que foi construído ali no terminal pesqueiro. Uma vez por outra, temos que jogar pescado fora porque não tem onde armazenar. Aquilo ali, efetivamente, nunca funcionou”, disse.