Robert Downey Jr. vive o lendário detetive da literatura britânica no segundo filme, que entra em cartaz ao lado de “Tudo pelo poder” e “A hora da escuridão”
(O elenco de "O Jogo de Sombras" é o mesmo do primeiro filme)
Quando a versão de “Sherlock Holmes” assinada por Guy Ritchie, ex-marido de Madonna, estreou em 2009, houve quem estranhasse o tratamento que o diretor tinha dado ao clássico personagem da literatura britânica, criado pelo escritor escocês Arthur Conan Doyle.
Em detrimento dos métodos, digamos, mais intelectuais presentes nos livros, o cineasta decidiu lançar mão das artes marciais e de muita ação para Holmes, interpretado pelo quarentão Robert Downey Jr., solucionar os enigmas existentes na Grã-Bretanha do Período Vitoriano (fim do século 19).
Sombras
Em “Sherlock Holmes: O jogo de sombras”, continuação do mesmo cineasta para o longa de 2009, que estreia hoje nos cinemas, tais características se acentuam.
Assim, o público, que gostou do antecessor – a arrecadação de “Sherlock Holmes” ao redor do mundo soma US$ 524 milhões –, tem tudo para aprovar a nova produção.
Em passagem pelo Brasil para divulgar o longa-metragem, Downey Jr. contou que, desde o início, ele, Ritchie e os produtores do filme procuraram introduzir novos detalhes à clássica história. “A trama é familiar a todos, mas houve a necessidade de traduzi-la para os espectadores atuais”, afirma.
Outro trunfo de “O jogo de sombras” é o elenco, que repete o do primeiro. Além de Downey Jr., há Jude Law como Watson, Rachel McAdams interpretando Irene (a paixão de Holmes) e Kelly Reilly como Mary (noiva de Watson). O detetive tem ainda ajuda da cigana Simza Heron (Noomi Rapace).
O vilão é o professor James Moriarty (Jared Harris), responsável por crimes em várias partes do planeta. A intenção dele é fomentar um conflito mundial e, com isso, obter lucro por meio da venda de armamento.
Além de perseguições à exaustão, lutas de artes marciais entre o protagonista e bandidos e truques típicos do detetive, “O Jogo de Sombras” enfatiza a parceria entre Watson e Holmes – que, inclusive, atrapalha o casamento do fiel amigo. Mais do que no primeiro filme, os dois buscam juntos brecar as ações de Moriarty. “Watson é parecido com a gente. Já o Holmes é aquilo que gostaríamos de ser. Eles se complementam”, acredita Downey Jr.
Terceiro filme
Nos EUA, quando uma produção faz sucesso, ela passa a ser explorada à exaustão. Com “Sherlock Holmes” não foi diferente.
Assim que os resultados nas bilheterias surgiram, o cineasta Guy Ritchie recebeu a ordem de já pensar em um segundo longa. Robert Downey Jr. já fala a respeito de um terceiro longa sobre o detetive.
Segundo ele, a história já estaria sendo escrita. Mas, se o tempo de produção da continuação for como o de “O Jogo de Sombras”, é melhor ter paciência.
“Demoramos 18 meses para fechar a história de ‘O Jogo de Sombras’. Cinco pessoas, incluindo eu e minha mulher (Susan Downey, que é uma das produtoras), se envolveram na formatação da trama.