Os comerciantes temem que os prejuízos causados se igualem ao do ano passado, quando se registrou o recorde histórico de 30,02 metros
Ruas no entorno da feira da Manaus Moderna já se encontram com pontos de alagamentos (Foto: Junio Matos)
Comerciantes do Centro de Manaus já estão sendo afetados pela subida do rio Negro. Com 29,12 metros registrados na manhã desta terça-feira (10), os comerciantes temem que os prejuízos causados se igualem ao do ano passado, quando se registrou o recorde histórico de 30,02 metros.
Para o empresário Douglas Coelho de Souza, que revende cachos de bananas há 10 anos na rua dos Barés, próximo a Feira da Manaus Moderna, os últimos quatro anos têm sido desafiadores.
Douglas Coelho é empreendedor que revende bananas. Ele citou as dificuldades da cheia no local (Foto: Junio Matos)
Douglas Coelho acredita que, apesar do rio Negro ainda estar subindo, o nível não baterá o recorde do ano passado.
"Chego aqui às 2h da madrugada todos os dias e na última semana [o rio] subiu bastante. Estamos no mês de maio, temos o mês inteiro para encher. Essa [cheia] está totalmente diferente do ano passado, porque era mais visível. Tive um prejuízo de R$ 40 mil em 2021. Espero que não aconteça o mesmo ou pior esse ano", declarou o feirante.
Outro comerciante que também está sendo afetado é Genimario Fernandes Barros, dono de um empreendimento que revende cebolas em Manaus há 10 anos.
Genimario Fernandes, comerciante que revende cebolas (Foto: Junio Matos)
Para Douglas Coelho, uma possível solução que resolveria os prejuízos seria um trabalho de readequação da via para que o rio escorresse sem prejudicar os comerciantes do local.
"Se asfaltassem aqui, amenizaria bastante a situação. Querem fechar a rua por conta das águas. A minha sobrevivência vem dos carros que passam nessa rua. Se fecharem, eu vou vender para quem? Agora não está fedendo. Ano passado cheguei a comprar 10 pacotes de cal de 15 kg com meu próprio dinheiro para amenizar o cheiro forte. Se você tem a possibilidade de ir em um supermercado com ar-condicionado, não vai querer pisar aqui. Ninguém vai querer", acrescentou Souza.
Comerciantes enfrentam ano após ano os efeitos da subida do rio Negro (Foto: Junio Matos)
A reportagem da A CRÍTICA entrou em contato com a Prefeitura de Manaus para questionar quais ações estão sendo realizadas para conter os prejuízos causados pela enchente do rio Negro no entorno, e até a publicação desta matéria aguarda o posicionamento.