Rodrigo Guedes (PSC) fez críticas ao elevado valor do combustíveis e Diego Afonso (União) defendeu os empresários e postos de gasolina
(Foto: Divulgação/CMM)
Praticamente 1 mês depois, os vereadores Rodrigo Guedes (PSC) e Diego Afonso (União) voltaram a protagonizar uma discussão na Câmara Municipal de Manaus. Com direito a acusação de promover palanque político, a troca de farpas entre os parlamentares, desta vez foi motivada pela denúncia de Guedes a respeito do aumento dos preços da gasolina, no grande expediente da sessão ordinária desta terça-feira, 15, na Câmara Municipal de Manaus.
Rodrigo lembrou o episódio dos aumentos nos preços dos combustíveis que aconteceram antes hora prevista pela Petrobras, na última quinta-feira. “Esses postos de forma covarde com a população, inclusive de forma criminosa com o crime contra a economia popular, se valeram da informação pública, do fato de que todos já sabiam pelas redes sociais e pela imprensa, e passaram a aumentar o preço em até R$1”, disse Guedes.
O vereador afirmou que os postos anteciparam o aumento da Petrobrás. Ele afirmou que na sexta-feira, 11, os postos não haviam comprado o combustível mais alto, mas já estavam aplicando um aumento de R$0,90 até R$1.
“Isso não dá pra nada aceitarmos. Não dá para ficar calado. Já falei aqui várias vezes que não quero mandar no preço de ninguém. Não tenho esse direito ou dever, mas essas práticas são proibidas pelo Código de Defesa do consumidor. O posto pode praticar o preço que ele quiser. Porém, não pode haver práticas abusivas nem vantagens manifestamente abusivos em relação aos consumidores”, afirmou.
Rodrigo disse que houve também uma manobra de aumentar o preço de outros combustíveis, diminuindo a competitividade em relação à gasolina. “E tem os postos de combustíveis que aumentaram o preço do etanol. Eu pedi as notas fiscais desses postos e muitos concederam a mim de forma voluntária. Vi que eles não estavam comprando a alto valor o álcool, mas elevaram os preços para tirar a vantagem competitiva do etanol para forçar os consumidores a abastecer com gasolina”, criticou.
Diego Afonso (União) defendeu os empresários de postos de gasolina e disse que o segmento emprega mais de 22 mil pessoas, na cidade. O vereador ligou a alta dos preços à precificação mundial.
“O mundo passa pelas altas do combustível. O Brasil da mesma forma, a inflação da mesma forma. Não se discute os aumentos. Eu perdi as contas de tantas outras vezes que debatemos durante a pandemia sobre os aumentos e a equivocada política de preço da Petrobras que tem um monopólio da distribuição de combustível. Se for abusivo o Procon vai detectar”, alfinetou.
"Não seja leviano. É o sindicato que emprega mais de 22.000 pessoas . Eu quero afirmar que há muitos anos a revenda de petróleo está no negativo. Posto de gasolina talvez não ganhem na revenda de petróleo mas sim nos serviços. E eu falo com muita tranquilidade a vossa excelência. Não faça palanque político em em cima de um segmento tão importante para a economia do Amazonas e do país”, criticou Diego.
Afonso disse que os empresários são a ponta mais fraca do segmento. “Eu não posso permitir que você excelência dê sentença de centenas de empresários que são a ponta mais fraca”, disse.
Quase um mês, voltam a brigar
Não é a primeira vez que Rodrigo e Diego protagonizam uma discussão acalorada na CMM. No dia 16 do mês de Fevereiro, Ciúmes por obras no São Raimundo causam brigas entre vereadores.
Durante o pequeno expediente, Diego exibiu um vídeo de 2 minutos com título ‘FakeNews’, que consistia em imagens borradas de pessoas que nos áudios se identificavam como assessores de Rodrigo Guedes.
Rodrigo respondeu que pediu antes à secretaria para que as obras ocorressem. Guedes também disse que não se importava com o mérito de quem havia pedido as vistorias e sim com os resultados. “O senhor não precisa nem se exaltar. Está tudo registrado. Não quero paternidade nenhuma, não. Só quero que o problema seja”, disse Guedes.