Os governos do Amazonas e do Município de Manaus e, em especial as autoridades do setor de saúde, precisam esclarecer bem sobre a estrutura local e estadual para lidar com a gripe H1N1 e outras doenças cujos sintomas se assemelham aos de gripe. Informações desencontradas ou a falta de informações que permitam esclarecer estão provocando pânico entre as pessoas e mostram, nessa atmosfera, a fragilidade das orientações. Nessa agonia, é cada vez maior o número de cidadãos que está se automedicando a partir de conselhos de terceiros para tentar evitar a gripe.
O circuito da não informação mostra eficiência no meio familiar e começa a provocar corridas às farmácias em busca de medicamentos que supostamente são eficazes no enfrentamento da H1N1. É preocupante que pessoas com sintomas de gripe ou dengue se automediquem sem antes ter um diagnóstico mais correto. Sabe-se que as deficiências na área da saúde pública são enormes e afastam os pacientes dos procedimentos mais adequados empurrando-os para aquisição de medicamentos que podem custar bem mais alto que o valor pago. Mulheres, mães de crianças, e idosos são o grupo de risco e o que também apresenta maior vulnerabilidade nesse setor. Querem, com ansiedade, saber sobre como se prevenir ou cuidar do mal e, as receitas estão sendo dadas para todos os gostos nos diferentes ambientes de encontro.
Ao mesmo tempo aumenta o número de reclamações das pessoas que estão buscando, na esfera pública, a vacina e têm como resposta um não. Esclarecer, orientar, prevenir e informar didaticamente o que está sendo feito, como deve ser a conduta de cada um e da família, situar os lugares onde obter informações e socorro médico são nesse momento uma necessidade urgente. As autoridades podem evitar o pânico e a ação dos aproveitadores que, acompanhando a ansiedade e preocupação da população, fazem negócios cada vez mais lucrativos.
Para os governos, uma ação nessa direção pode significar economia de recursos financeiros e a adequada firmeza no trato de um tema delicado. A prevenção sem dúvida é mais rentável que o tratamento das doenças. Um outro fator que precisa ser considerado é da falta de estrutura tanto em Manaus quanto nos demais municípios para acolher e tratar tantos casos ou suspeitas de adoecimento.