Ansiosa pelo filme da Mulher Maravilha, minha super-heroína preferida desde pequena! A primeira super heroína a conquistar um gibi só dela, gente! Meu irmão queria ser o Super-Homem e eu a Mulher Maravilha, a gente podia ser "hero" por um dia quando crianças, assim como podem os nossos filhotes hoje! E, se a gente formar cabecinhas conscientes no direito à igualdade, poderemos criar heróis para a vida toda....
(Estreia amanhã o filme da Mulher Maravilha em todos os cinemas do Brasil!)
Liège Albuquerque
A história dessa heroína, que estreia amanhã nas telas desse nosso século 21 que ainda se arrasta na busca pela conquista do direito a oportunidades iguais para mulheres e homens, é cheia de altos e baixos em seus "super poderes", assim como a luta das mulheres pela igualdade ao longo das décadas (aqui um perfeito resumo: http://super.abril.com.br/cultura/mulher-maravilha-uma-biografia-nao-autorizada/)
Fui agraciada por Deus com uma menininha, uma a mais a entrar nessa luta para realizar seus sonhos sem que ninguém possa dizer que "issonãopodeporquenãoécoisademenina". E, nessa luta pela igualdade, nada me enternece e emociona mais do que a campanha #HeforShe. A campanha, lançada pela ONU em 2014, tornou-se mundialmente notória pelo apadrinhamento da bela Hermione, a Emma Watson, feminista de carteirinha.
A frase que ela usou em seu discurso de estreia é simples e explica muito bem o real conceito de feminismo, que a campanha convida não só às mulheres, mas também aos homens abraçarem. "Quanto mais eu falava sobre feminismo, mais eu me dava conta que lutar pelos direitos das mulheres muitas vezes virou sinônimo de odiar os homens. Se tem uma coisa que eu tenho certeza é que isso tem que parar. Para registro, feminismo, por definição é a crença de que homens e mulheres devem ter oportunidades e direitos iguais. É a teoria da igualdade política, econômica e social entre os sexos."
Quando soube que um garotinho na escola da minha filha (que adora laços no cabelo) está ensinando-a jogar futebol depois de alguns outros colegas (meninos e meninas) dizerem que "futebol é coisa de menino" fiquei absolutamente feliz. Fui elogiá-lo pela atitude igualitária e a resposta dele: "Ah, tia, eu gosto de dançar e de jogar futebol, a gente tem de ser livre para gostar e fazer o que quiser e ajudar os outros a curtirem a vida do jeito que querem também". Êta garoto sábio!
É tão simples nas palavras da criança, não é? E seria mais simples se todos os meninos fossem como este pequeno, se os homens, todos filhos de MULHERES também, entrassem sempre nessa defesa: que somos iguais, que podemos ter a profissão que quisermos, competir em qualquer curso vestibular, ter o direito de sermos mães e donas de casa, ou de não sermos mães ou de pais não trabalharem fora e poderem ser donos de casa e ficar em casa para a mulher trabalhar fora sem que a sociedade o olhe torto.
Há muitos projetos aí que procuram incluir toda a sociedade, homens e mulheres, na busca pela igualdade de direitos, de TODOS irem atrás de seus sonhos. Tem o Meninas Olímpicas, o Cunhantã Digital (aqui de Manaus!) e muitos outros projetos que, tenhamos fé, um dia não precisarão existir porque o mundo oferecerá oportunidades e direitos iguais para homens e mulheres mostrarem suas competências