Os geradores de oportunidades versus os autófagos oportunistas

JR Santiago
15/05/2019 às 12:20.
Atualizado em 24/03/2022 às 22:12

A busca por alcançar nossos objetivos pessoais e profissionais passa necessariamente pelas oportunidades. São elas as portas que, uma vez abertas, propiciam as possibilidades de avançarmos em busca daquilo que ansiamos.

Ao vermos a pessoa desejada sozinha próxima a uma mesa, uma oportunidade surge. Se ficarmos parados apenas olhando, nada há. Caso alguém chegue ao local e se aproxime dela antes de nós, temos uma oportunidade perdida. Na hipótese de sermos os primeiros a abordá-la, a oportunidade passa a ser uma possibilidade. A partir daí nos caberá agir de forma a transformá-la em algo efetivo alinhado com o que estabelecemos como meta. Cabendo, sempre, considerar a regra do “um passo de cada vez”. O trabalho em prol de alcançarmos o que queremos é de nossa responsabilidade.

Ao recebermos um importante desafio profissional, a mesma linha de raciocínio pode ser adotada. Há sempre a possibilidade de abrirmos mão dele, seja qual for o motivo. Neste caso, uma oportunidade que desaparece. Quando o aceitamos, eis que novamente a oportunidade se torna em uma possibilidade. Serão nossas ações que poderão propiciar que façamos um bom trabalho. A partir daí, algo concreto, alinhado com as metas que previamente foram adotadas, se faz presente. Uma promoção, um aumento, novos desafios, enfim, há uma grande gama de possibilidades.

Em ambos os casos, pessoal ou profissional, nem sempre as oportunidades são exclusivas, isto é, não serão necessariamente voltadas unicamente para nós. Haverá muitas outras pessoas que poderão enxergá-las e, mais que isso, agirem intensamente neste processo de transformação em possibilidades. Estar atento às oportunidades é uma importante característica, muitas vezes decisiva, para que possamos ser os primeiros agentes a atuar neste processo. Isto faz diferença, ainda que seja importante ressaltar, que, nem sempre, o mais rápido alcançará o sucesso. Mas é certo que o mais lento também não.

Também haverá aqueles que tentarão utilizar de oportunidades alheias em prol de obter benefícios próprios, eles costumam ser chamados de oportunistas. Cabe diferenciar estes parasitas das pessoas que trabalham dia a dia na busca por oportunidades, isto é, que anseiam ser agentes geradores de possibilidades. São elas que nos farão avançar. Por mais sombria que possa estar nossa capacidade de identificá-las, cabe afirmar que não é se a apropriando de oportunidades alheias que iremos perpetuar qualquer caminho. Oportunistas são seres autófagos, não devemos investir tempo com eles, ainda que a guarda jamais possa ser abaixada.

Dentro de qualquer cenário, ainda mais naqueles marcados pela escassez, a atenção que investimos será um importante e decisivo fator para que alcancemos eficiência na identificação de oportunidades, na geração de possibilidades e, por fim, no bom desenvolvimento das atividades sobre as quais nos propomos atuar. Considerando sempre uma questão que se torna em um importante paradoxo, o sucesso. Isto é, ainda que consigamos agir de forma eficiente ao longo de todo o processo, nos casos citados como exemplo, a pessoa desejada pode dizer não, assim como, o desafio profissional recebido, ainda que tenha sido atendido, possa não nos propiciar a esperada promoção ou aumento salarial desejado. Não temos a menor garantia.

A imprevisibilidade do que nos aguarda é fascinante. Ela, às vezes, pode ser frustrante, outras, extasiante. O fato de não estar sob nosso controle é uma benção. O que nos cabe é ter a convicção de que tudo aquilo que estava ao nosso alcance tenha sido feito. Esta ciência nos dará a certeza do dever cumprido, o aprendizado de aprender a lidar com frustrações e vitórias, o ‘frio na barriga’ à espera de uma resposta e, a parte boa, a convicção de que estamos no jogo, a melhor das sensações, a certeza de que apenas ao fim dele, a resposta definitiva nos será dada.

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