Um novo começo para uma vida nova

ProntoPraCasar
23/03/2016 às 20:44.
Atualizado em 24/03/2022 às 22:56

Nunca fui muito de acreditar em resoluções de Ano Novo. Mas já na virada de 2015 para 2016, refleti (por mais piegas que soe) sobre a fragilidade da vida e pela primeira vez me preocupei em estar há, no mínimo, sete anos sem fazer um exame de sangue sequer, muito menos outros mais específicos, e de ter engordado 25 quilos ao longo dos últimos quatro anos. Some isso a uma dieta à base de muito fast food, alguns cigarros ao longo da semana e praticamente nenhuma atividade física. Então, no início deste ano, a única resolução que fiz foi reservar um tempo para um check-up completo e voltar a pelo menos caminhar, para recuperar o fôlego. Quando a Prime Assessoria e Mídia entrou em contato perguntando se eu topava fazer parte do desafio Pronto Pra Casar, morreu de colar: minha intuição aguçou e vi a situação como uma proposta única e irrecusável. Afinal, o mínimo que poderia acontecer era perder uns quilos, o que (mais) eu tinha a perder!?

A proposta soou boa desde o primeiro momento: uma preparação para estar em forma e com a saúde em dia para meu casamento, marcado para o fim de agosto deste ano, com acompanhamento total de uma equipe composta por dois cardiologistas e uma endocrinologista da One Clinic e nutricionista e preparador físico da academia Cia. Athletica(falaremos sobre esses espaços mais adiante). Pelos próximos cinco meses, vou dispor de toda a estrutura de ambos locais para avaliar, melhorar e manter não só uma boa aparência mas também a saúde em dia, com (SPOILER ALERT) os níveis de colesterol, triglicerídios e ácido úrico estáveis dentro do aceitável, sem a gordura no fígado (que pode facilmente evoluir para uma cirrose hepática) e sem a ameaça de indícios de pré-diabetes – tudo isso já notado nos primeiros exames realizados. Como o Felipe de Paula frisou na matéria deste último domingo, meu objetivo não é emagrecer tantos quilos para poder ficar bem na foto ou usar um terno mais bonito, mas sim subir os quatro lances de escada que levam à redação do jornal e portal A CRÍTICA sem ter que esperar alguns minutos até recuperar completamente o fôlego antes de poder falar com meus colegas. É poder escolher participar de uma corrida urbana na Ponte Rio Negro por diversão, por exemplo. E claro que minha noiva, a sempre incentivadora Debora Holanda (amiga desde meus 12 anos e minha parceira de vida há 4 anos e meio) deu a maior força, né?

 

De início, identifiquei a parte mais difícil: levar isso como um estilo de vida daqui em diante. Afinal, não tem como um gordinho de nascença como eu querer permanecer mais magro sem uma dieta equilibrada aliada à exercícios físicos. De nada adiantará eu emagrecer 20, 30, 40 quilos nos próximos cinco meses se voltar ao estilo de vida um tanto quanto arriscado logo em seguida – seria perca de tempo não só da minha parte, mas da parte de todos que estão nesta luta comigo, seja aconselhando ou torcendo. Mas acho que só de ter a essa consciência já estou começando com uma ligeira vantagem, pois sei os riscos das pequenas falhas – afinal, lutei preocupadamente contra a balança desde que me entendo por gente (até ir morar sozinho aos 20 anos e desencanar quanto a isso tudo, o que nos trouxe até aqui). É preciso adaptar a mentalidade para um novo estilo de vida. Mas, para ser completamente honesto, óbvio que os primeiros exames apontaram fatores preocupantes, porém acho que ainda saí um pouco no lucro: não estava tão ruim, à beira da morte, quanto imaginava. Isso dá um gás maior ainda para encarar o desafio!

 

A ideia com o blog e a coluna, a contrapartida para o desafio proposto, é universalizar os obstáculos e superações que terei ao longo do caminho e disseminar as dicas dos especialistas que estarão nessa comigo, para que sirvam de inspiração para o máximo de pessoas possíveis, a fim de mudar não só a minha vida e as das pessoas ao meu redor mas também fornecer dicas realmente úteis para pessoas comuns, com horários apertados e sempre presas à eterna correria do dia a dia, que pensam em adotar um estilo de vida mais saudável mas não sabem muito bem por onde começar. Estamos nessa juntos! Aqui vai logo a primeira coisa que já aprendi: antes de se jogar de corpo e alma na atividade física, consulte um médico. Seja ortopedista, cardiologista, nutricionista... mas consulte, porque isso pode até mesmo salvar sua vida. Esta deve ser a dica mais dita e também a mais ignorada, mas acredite, faz diferença.

Posso dizer de cara: bastou os primeiros exames na One Clinic, realizados há uma semana e meia, e ter trocado uma ideia com os drs. Tales Esper e Rizzieri Gomes (paulistas radicados há alguns anos em Manaus e à frente desta nova clínica de saúde preventiva, que realizaram comigo uma consulta conjunta, algo inovador e que rendeu um bate-papo bem amplo e importante para este início) para eu começar a adaptar minha mente e rotina para o que virá a partir de agora. Foi uma revolução nos meus hábitos diários nunca antes vistos na história deste país! O café da manhã e o jantar, conforme orientado pela endocrinologista dra. Caroline Coimbra, estou tentando fazer em casa, para controlar mais o que como. Não são todos os dias que consigo, mas mantive uma boa média ao longo das duas últimas semanas. Já troco o pão sempre que possível pelo integral, assim como o arroz. Farofa (meu maior amor gastronômico, ainda mais do Uarini) e refrigerante (um verdadeiro vício) já estão fora do meu cardápio. No almoço - que foi permitido continuar sendo feito em restaurantes self-services, mas com pratos mais coloridos - algo até então inédito: salada. Ok, não é aqueeeeela salada, mas acredito que tomate, palmito, cenoura e de vez em quando um alfacezinho já representem um bom começo. Lembrando que meu "cardápio oficial" e tabela de treinos serão montados em conjunto entre a endocrino e a nutricionista da Cia. Athletica, o que ocorrerá somente nesta próxima quarta-feira, quando retorno na One e encontro os profissionais da Athletica pela primeira vez. 

"Saúde não se ganha, se conquista", disse o dr. Rizzieri Gomes. "Existem alguns paradigmas que você vai ter que mudar, alguns hábitos. Tua geladeira precisa ser perfeita, deixa as besteiras para fora de casa. É uma mudança de comportamento e por isso é importante você estar focado, pois é isso que vai fazer a diferença. Ainda mais para você, que tem umas metas audaciosas pela frente", acrescentou, durante nossa primeira consulta.

 

Mas a ideia é manter a situação a mais realista possível. Mudar os hábitos dentro de um limite aceitável por esse gordinho criado à beira do fogão industrial do restaurante/cozinha da família (capitaneado pela minha vó/mãe, uma chef diplomada de primeira!), até para que eu consiga sobreviver ao desafio e que seja mais fácil de inspirar quem irá me acompanhar.

"Agora pode estar parecendo fácil, mas daqui algumas semanas você vai estar sentindo o cheiro do BigMac no seu quarto", brincou falando sério o dr. Tales Esper. "Então estar preparado psicologicamente é muito importante, estar pronto para o que vai encontrar (ao longo do desafio). O mais dificil na vida de uma pessoa é mudar o hábito de vida, seja alguém habituado a beber, fumar, comer... Se você estiver preparado para essa mudança, o resto vem fácil", completou Esper. Espero estar, né?! Hahaha

Na estreia da coluna de terça-feira no caderno Bem Viver, amanhã, vou resumir um pouco minhas expectativas e esmiuçar como foi a primeira consulta na One Clinic, e na quarta já digo como foi o encontro com os profissionais da Cia Athletica e quais os próximos passos do desafio Pronto Pra Casar. E você, tá pronto para embarcar nessa comigo!? Vamos que vamos! #ProntoPraCasar

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