Levantamentos feitos pela Unicef e OMS em 177 países mostram que o Brasil não atendeu a meta de vacinação no ano passado
(Foto: Agência Brasil)
Em paralelo a movimentação produzida pela campanha eleitoral, outra mobilização pede atenção e mais apoio, a da vacinação de crianças contra a poliomielite e multivacinação. O alerta é para a baixa participação do público alvo e possíveis consequências danosas às crianças e familiares.
O Programa Nacional de Imunização (PNI) e o Ministério da Saúde estabeleceram como meta nacional imunizar 95% da população de crianças com idade entre um a 4 anos de idade, estimada em 4 milhões e 300 mil. Para a campanha foram abertas pelo menos 40 mil salas em todo o país, em alguns lugares, prefeituras e associações atuaram conjuntamente na criação de ambiente agradável e de brincadeiras como forma de atrair os país e ou responsáveis pelas crianças a participar da campanha.
Levantamentos feitos pelo Fundo das Nações Unidas para a Criança (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 177 países mostram que o Brasil não atendeu a meta de vacinação no ano passado e está na lista do que as organizações definem como o maior retrocesso na vacinação infantil nos últimos 29 anos.
Até o dia 30 deste mês, os pais e ou responsáveis por crianças e adolescentes menor de 15 anos poderão leva-los para receberem a vacina e atualizar a Caderneta de Vacinação da Criança e do Adolescente. A prorrogação se deve a baixa adesão dos segmentos alvo o que impacta negativamente nos resultados da campanha. Por essa razão, a Coordenação-Gral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) decidiu ampliar o prazo da mobilização.
Os dados preliminares indicam que foram vacinadas 32.5% de crianças menores de cinco anos de idade para a poliomielite. No que se refere à Multivacinação para Atualização da Caderneta de Vacinação da Criança e do Adolescente menor de 15 anos de idade, foram vacinadas 537.252 pessoas em um total de 1.032.891 doses aplicadas.
A baixa na cobertura vacinal de crianças e adolescentes é um problema drástico para o Brasil. Especialistas alertam que a situação poderá gerar situações graves diante de quadro de endemia e epidemia de doenças que estavam completamente controladas e hoje retornam, como sarampo e a poliomielite. Sem a adequada cobertura vacinal, crianças e adolescentes estão desprotegidas e sujeitas a essas doenças e as sequelas por elas provocadas.