Coreógrafo do Caprichoso revela origens dos passos que fazem a galera azul dançar
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Quem nunca se arriscou a dançar o “dois pra lá, dois pra cá” é porque, com certeza, ainda não foi contagiado pela magia das toadas dos bumbás de Parintins. Para quem dança esse ritmo, a missão de todos os anos, quando chega o mês de junho, é tentar aprender as novas coreografias. E se no “contrário” a inspiração vem de ritmos tipicamente brasileiros, no Caprichoso os coreógrafos buscam referências de vários estilos, até mesmo do jazz.
Mas assim como no lado encarnado, no lado azul e branco a ordem é que as coreografias de palco também sejam as mais simples possíveis. É o que assegura Marcos Falcão, coordenador do grupo Troup Parintins.
“As coregografias de palco são voltadas para a galera e por isso precisam ser mais fáceis. Mas claro, sem sair do contexto que a toada pede. Geralmente nós fazemos a contagem em quatro. Dois passos para a direita e dois para esquerda, isso ajuda a galera a pegar a sequência da coreografia o mais rápido possível”, comentou Falcão.
Ainda segundo Falcão, a ideia de facilitar as danças de palco surgiu há uns seis anos, quando a diretoria do Touro Negro sentiu essa dificuldade por parte do público. “O Conselho de Arte atentou para essa questão, de que as coregografias estariam muito difíceis para a galera e, a partir de então, decidimos criar passos mais simples”, completou Falcão.
Inspirações Sobre as referências, Marcos Falcão diz que as inspirações são muitas, mas que ele particularmente gosta de buscar elementos no jazz. “Sempre faço pesquisas a partir das toadas para poder criar uma coreografia e gosto de buscar elementos do jazz, por exemplo. Mas tem inspirações que vêm de outros ritmos também”, pontuou.
Arena
Para criar as coreografias de arena, Falcão afirma que evita acrobacias. “As coreografias de arena precisam ser originais. Ou seja, nada de saltos acrobáticos, o legal mesmo é manter os pés no chão”.