Estreante, levantador de toadas encerra segunda noite com sensação de dever cumprido.
Patrick Araújo na segunda noite de apresentação do festival (Arlesson Sicsú)
De pés descalços, o levantador de toadas Patrick Araújo entrou na arena do Bumbódromo nesta noite como quem não tem mais o que provar. Pisou como quem já pertence à arena, fincado ao Caprichoso. De casa e confortável. É assim que se sente o cantor que, até ontem, era um estreante na posição.
Duas horas e meia depois de uma potente apresentação, sua segunda seguida pelo Bumbá Azulado na arena em Parintins, o toadeiro conta que se sente mais que confortável na posição que assumiu. Do alto do posto como único levantador do Caprichoso, ele enfrenta quatro da mesma posição no Garantido.
"Eu estou muito confortável na posição que estou. Preparado para isso. Guerra é guerra. Estou indo para cima", afirma.
A marra do jovem de 23 anos, no entanto, não é a de quem não entende o peso da sua representação. Longe disso. Araújo revela que dias antes estrear no Bumbódromo enfrentou ansiedade - sentimento esse que, outrora, disse desconhecer. Frutos do peso de carregar uma nação azul e branca nas costas, pondera.
Em duas noites de apresentação no Festival de Parintins, sem titubear, Patrick responde que, de longe, seu momento mais marcante foi sua entrada na primeira noite. Lá, entrou representando o imortal Pop da Selva, Arlindo Jr.
"O momento da minha entrada, em que vim representando Arlindo Júnior, na minha estreia, vai me marcar para a vida toda. Representar o ícone pop da selva na estreia é gigante", resume.