Com a temática 'Lutas, resistência e revolução', bumbá lembrou a quantidade de negros que protegem a floresta e vivem como indígenas
(Foto: Gilson Mello/Freelancer)
Para Antônio Andrade, presidente do Boi Garantido, a proposta do bumbá na segunda noite do 55º Festival Folclórico de Parintins foi compreendida pelos jurados. "[A noite] foi perfeita. O boi coube na luz, demos a nossa mensagem e o melhor, a nossa nação está feliz", analisa ele.
A apresentação, que veio sob o tema "Lutas, resistência e revolução", terminou com 2 horas e 29 minutos de duração e trouxe um Boi Garantido engajado na visibilização da população negra que vive na Amazônia. O fato foi comentado por Andrade.
Ele também avaliou a abordagem do bumbá acerca da superação da Covid-19, possível graças às pesquisas e à medicina. "Perdemos muita gente, e nós estamos aqui por nós e por eles, temos que dizer isso na arena. A ciência está salvando o mundo e o Boi Garantido também é o boi da ciência", pondera.
Após duas noites de reflexões sobre os ataques e invisibilização aos povos e terras indígenas, bem como a reflexão acerca dos males que assolam a humanidade, Andrade afirma que, na terceira noite, o tema "Utopia vermelha" carrega um momento da esperança e da alegria.
Batucada do Garantido (Arlesson Sicsu)
Emoção dos brincantes na segunda noite do Garantido (Gilson Mello)
Isabelle Nogueira, a cunhã do Garantido, vira onça na arena (Junio Matos)
Levantadores do Garantido, David Assayag e Edilson Santana (Junio Matos)
Israel Paulain, apresentador do Boi Garantido (Gilson Mello)
Porta-estandarte Daniela Tapajós (Gilson Mello)
Piçanã, o tripa que dá vida ao Garantido (Arlesson Sicsu)
Edilene Tavares, rainha do Folclore do Garantido (Gilson Mello)
Valentina Coimbra, sinhazinha do Garantido, dançou balé na arena (Junio Matos)
Vaqueirada evolui com o Boi Garantido (Junio Matos)