ENCERRAMENTO

Já com saudades: Garantido abre e Caprichoso fecha última noite do Festival de Parintins 2022

Veja um resumo do que cada bumbá prepara para essa última noite na Arena do Bumbódromo

acritica.com
26/06/2022 às 12:06.
Atualizado em 26/06/2022 às 12:06

Sinhazinhas têm sido destaque dos bumbás (Fotos: Junio Matos)

Caprichoso e Garantido encerram neste domingo o 55º Festival Folclórico de Parintins. Depois de duas noites de apresentações, os bumbás voltam à Arena do Bumbódromo para finalizar a apresentação dos temas ‘Amazônia Nossa Luta em Poesia’, pelo lado azul, e ‘Amazônia do Povo Vermelho’, do lado encarnado. 

A transmissão do Festival de Parintins, mais uma vez, será gratuita e exclusiva pela TV A CRÍTICA, tanto em sinal aberto no Amazonas e mais oito estados, como no YouTube da emissora. CLIQUE PARA VER ONDE ASSISTIR. A transmissão começa às 19h30 e os espetáculos às 20h. O Garantido abre a última noite do Festival, enquanto o Caprichoso vai encerrar os trabalhos.

Veja um breve resumo do que os bumbás preparam para essa noite. 

GARANTIDO

Toda a terceira noite está fundamentada no pensamento do escritor Paulo Freire, e se chama ‘Utopia Vermelha’. O conceito da noite vem baseado na palavra “esperançar”, que é trabalhar, construir aquele mundo que você quer que aconteça. A noite 3 retrata a utopia de um mundo melhor.

O espetáculo da última noite abrirá com um balão, que trará a Rainha do Folclore Edilene Tavares. Outro momento traz a figura típica dos viajantes da Amazônia, que pegam os barcos e viajam pelos rios. “Vamos mostrar esse viajante indo pra Parintins. Vamos colocar a réplica de um Bumbódromo dentro do Bumbódromo, mostrando a chegada na ilha. Neste barco, A Porta-Estandarte Daniela Tapajós representa o torcedor apaixonado, e esse barco chama ‘Navio Motor Paulinho Faria’. Quem viaja traz uma esperança de que algo vai acontecer”, explica Adan Renê, da Diretoria Geral de Espetáculos.

No segundo momento da terceira noite, o público vai viajar na história do Mamulengo, o tradicional teatro de bonecos do Brasil, muito comum no Nordeste. Será executado ainda o Auto do Boi. “Porque, se não fosse o desejo de Mãe Catirina, não haveria festa”, comenta Adan. Depois, o espetáculo ruma para a lenda indígena do Senhor das Águas, que, segundo os membros do DGE, nos ensina que se não protegermos as águas, vamos sofrer grandes consequências.

Por fim, o ritual Tenharim, a aldeia do fogo celestial, encerrará a terceira noite. “Os tenharim acreditam que, se não conseguirem resolver seus problemas, eles nomeiam um xamã para ir ao mundo dos deuses e trazer o equilíbrio. “Este ritual é um ritual tupi-guarani e tem os anciões da pele vermelha. O pajé, para entender a língua dos deuses, precisa ter o seu coração despertado. O rito de iluminação vem no coração do pajé. Ele luta contra o mal e resgata a cunhã-poranga”, completa Adan. 

CAPRICHOSO

Para encerrar as apresentações, o Caprichoso trará toda a sua expressão cultural com “Amazônia-festeira: o clamor da cura”, para mostrar um pouco da arte-esperança capaz de salvar vidas, principalmente, durante a pandemia. 

“O brincador de boi - viva a Cultura Popular” será a figura típica da última noite que pretende imortalizar personagens caricatos do boi da Francesa, que ajudaram na composição dos festejos parintinenses e promete trazer uma surpresa para a galera.

Na celebração indígena, foi escolhido “Amazônia: nosso corpo e nosso espírito” que encenará na arena o que não foi apresentado em 2020, em que os povos da floresta, referenciado pelas tribos que habitam o Parque do Xingú, veem seus territórios ameaçados e doentes. Para tratar o problema a arma será o folclore e a poesia. 

Como a lenda amazônica “o pássaro primal e o nascer das aves”, trará o imaginário dos Kayapó para o bumbódromo com a luta contra o gavião gigante que ameaça o povo. O ritual que encerrará o espetáculo azul e branco será ‘Yanomami Reahú, Festa da Vida-Morte-Vida’, com a reflexão sobre o costume do povo de enterrar seus mortos e que também foi cerceado durante a pandemia.

  

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