SEGURANÇA

Policiamento será menor no 51° Festival Folclórico de Parintins

‘Operação Parintins’ contará com efetivo de mil policiais em ações integradas do plano estratégico de segurança para as três fases da festa. Os militares devem chegar à ilha três dias antes do evento e deixar a cidade 48h depois

Rafael Seixas
16/06/2016 às 14:29.
Atualizado em 12/03/2022 às 07:39

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Os presidentes dos bumbás Garantido e Caprichoso participaram ontem de uma reunião no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado no bairro Aleixo, na Zona Centro-Sul, para definir a logística operacional do 51° Festival Folclórico de Parintins. Conforme os gestores das agremiações, os representantes dos órgãos de segurança do Estado informaram que o policiamento será reduzido nesta edição, mas “suficiente para garantir a normalidade da festa”, marcada para acontecer de 24 a 26 de junho, na Arena do Bumbódromo de Parintins (a 369 quilômetros da capital).

No encontro também estavam presentes o prefeito de Parintins, Carlos Alexandre da Carbrás, o secretário municipal de cultura de Parintins, Zezinho Faria, a presidente da comissão organizadora e de logística do festival, Sinatra Santos, além de representantes do governo, da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, das Forças Armadas e do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM).

Segundo o presidente do bumbá Garantido, Adelson Albuquerque, o governo aprovou demandas relacionadas à segurança e à saúde. Contudo, ele relatou que o contingente em números não foi informado, mas que, conforme o secretário-executivo-adjunto de Planejamento e Gestão Integrada da Secretaria de Segurança Pública (SSP/AM), Dan Câmara, o quadro será suficiente para o evento. “Vamos ter um número reduzido em relação ao ano passado, mas será o suficiente para atender e garantir que a população se sinta segura”.

O presidente do bumbá Caprichoso, Joilton Azêdo, explicou que foi acertado na reunião que o reforço da segurança chegará três dias antes do festival e permanecerá em Parintins por 48 horas após o evento. Segundo ele, independente das dificuldades, o festival está confirmado. “Os bois têm 103 anos e não é agora que vamos deixar a festa cair. Não fui eu e nem o Adelson Albuquerque que a começamos, há 103 anos, então não vamos deixar que termine, porque ela não é só importante para Parintins, mas para todo o Estado do Amazonas”, finalizou o presidente do Caprichoso.

Formatação Denominada “Operação Parintins”, as ações do plano estratégico de segurança integrada contarão com mil homens dos eixos da Segurança Pública, Defesa Nacional, Inteligência – Comando e Controle Integrado, para as três fases do evento: o pré-festival, o festival e o pós-festival, totalizando oito dias de operação.

De acordo com o coronel Dan Câmara, o Sistema Integrado de Comando Controle (SICC) continuará sendo implementado para o festival. “O SICC será responsável por otimizar os recursos humanos e logísticos que serão utilizados para realizar a segurança de Parintins. Neste ano, apresentaremos uma estratégia de segurança diferenciada para o festival, que continuará levando em consideração a integração dos órgãos”, concluiu.

Logística O secretário de cultura do Estado, Robério Braga, informou que a logística do festival ficará nas mãos da prefeitura de Parintins, conforme pedido do próprio prefeito do município, Carlos Alexandre da Carbrás.

“Hoje pela manhã ele [Carlos Alexandre] entregou a documentação. O governo continuará transferindo todas as informações. Vamos ter uma equipe de apoio da prefeitura [de Parintins], da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros... A partir das 16h [de ontem] começam as reuniões de pequenos grupos. Os bois vão discutir com o Ministério Público e com a prefeitura de Parintins questões relativas ao regulamento e aos jurados do festival. Ainda tenho uma reunião na Casa Civil para viabilizar questões operacionais dos órgãos públicos que vão para Parintins. Cada um vai fazer um pedaço para poder dar certo”, declarou o secretário.

Bois vão adequar o regulamento

Diante do esforço de todos os órgãos para a realização do festival, os presidentes dos bois Garantido e Caprichoso assumiram o compromisso de rever e adequar o regulamento, visando a segurança dos brincantes. “Eu não vou colocar dificuldades vendo que todos estão dispostos a colaborar para levarmos o boi para a arena. Vamos seguir em frente porque precisamos ter a festa. Vamos adequar o regulamento para contribuir com a segurança”, declarou Adelson Albuquerque, presidente do Garantido.

Visando o bem-estar do público e a diminuição de ocorrências médicas por desidratação, uma das medidas adotadas será a mudança no horário de abertura dos portões para as 15h. “Também vamos rever o regulamento para o último dia do festival. A dificuldade é grande, mas estamos conseguindo terminar os trabalhos no galpão do Caprichoso. Percebo nessa reunião que todos estão dispostos a dar o máximo. Vamos colaborar com esta operação”, afirmou Joilto Azêdo, presidente do Caprichoso.

Bois mirins estão de fora

Em reuniões na manhã de ontem, na sede da Secretaria de Cultura e Turismo de Parintins, as agremiações veiculadas à Associação de Quadrilhas, Danças e Bois Mirins de Parintins entraram em acordo de não participar do festival. Os membros justificaram que a falta de recurso inviabiliza as apresentações programadas na Praça dos Bois.

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