Lá pela década de 1950, com 15 anos de idade ele estreou como tripa do Caprichoso, sustentando a pesada carcaça - que na época era feita de madeira, cipó, folha de bananeira e cabeça de boi
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Brincar de boi sempre foi a paixão do aposentado Antônio Souza Pinheiro, 69, conhecido pelos amantes do Caprichoso como “Quati”, e desde pequenino ele fugia de casa para se divertir no curral do boi azul. Lá pela década de 1950, à época com 15 anos, ele estreou como tripa do Caprichoso, sustentando a pesada carcaça - que na época era feita de madeira, cipó, folha de bananeira e cabeça de boi.
A apresentação era feita com o corpo cheio de cupins e muita disposição, feito que ele realizou com maestria por 30 anos, percorrendo as ruas de Parintins. Nas ruas, com a pesada estrutura pesando 30kg, ele ia de casa em casa sacudindo animadamente sua “fantasia”. “A gente chegava nas casas, o lamparineiro deixava a poronga no chão e aproveitava para descansar. O Amo versava, tirava a língua do boi e íamos embora”, conta ele, com saudosismo da época em,que não existia luz elétrica em Parintins.
Atualmente aposentado de suas atividades, ele contou que, com o tempo, veio a calmaria, a satisfação de receber os netos em sua casa e tempo para jogar baralho, uma diversão para ele. Mas as recordações de ter carregado o boi nas costas e de fazer parte da história viva do Festival Folclórico de Parintins continuam vivas na memória. A única coisa que Quati lamenta é não ter registros de suas apresentações, uma vez que nas décadas de 50, 60 e 70, quando ele deu vida ao Touro Negro, esses recursos não eram comuns na ilha.