'Utopia vermelha'

Verbo 'esperançar', de Paulo Freire' é a proposta da última noite de apresentação do Garantido

Bumbá vermelho e branco ressaltou momentos de reflexão devido a pandemia da covid-19, além da resistência de negros e indígenas

Laynna Feitoza
26/06/2022 às 21:17.
Atualizado em 26/06/2022 às 21:17

(Foto: Junio Matos)

Na essência dos festejos de São João, o levantador de toadas Sebastião Jr. aportou na arena do Bumbódromo, na terceira noite do 55º Festival Folclórico de Parintins, que veio sob o tema “Utopia vermelha”. Sebastião Jr., que será avaliado pelo item 2 nesta noite de festival, cantava a toada “Eu nasci para ser vermelho”, enquanto era ovacionado pela torcida vermelha e branca.

A noite veio fundamentada no pensamento de Paulo Freire, mais precisamente no significado do verbo “esperançar”, que significa trabalhar para construir um mundo melhor. A proposta da noite é apresentar um alívio festivo, após duas noites em que o bumbá salientou momentos de reflexão voltados para a pandemia da covid-19, e da resistência de negros e indígenas.

Em um balão de São João, veio a Rainha do Folclore Edilene Tavares, ao som da toada “Rubra Rainha”. Atrás dela, entrou a primeira alegoria da noite, representando o item Figura Típica Regional, chamada de “O viajante dos povos da Amazônia”. 


(Foto: Junio Matos)

 A alegoria retrata o viajante que vai pelas “estradas” feitas de rios pela Amazônia, se dirigindo a Parintins ou a outros lugares do Brasil. No projeto de arena do bumbá, todo viajante “busca” e “espera” algo novo acontecer, operando diretamente uma mudança em sua vida, o que teoricamente se encaixa no verbo que dá sentido à noite. 

Feita pelo artista de ponta Júnior Feijó, a estrutura mede 18 metros de altura, 20 metros de boca de cena e carrega 6 módulos, cujo principal era o barco “Navio motor Paulinho Faria”, em homenagem a Paulinho Faria, ex-apresentador do Boi Garantido, falecido em decorrência da Covid-19 em 2021. 


(Foto: Arlesson Sicsú)

 Ao redor do barco, estava uma réplica da arquibancada da galera encarnada, com brincantes hasteando a bandeira do Boi Garantido. Ao chão, os grupos folclóricos adornavam o espaço. Em seguida, surgiu do barco a porta-estandarte Daniela Tapajós. Um drone veio do alto trazendo o seu pavilhão e entregando à item.


(Foto: Arlesson Sicsú)

  

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