No Rio de Janeiro

Cônsul alemão tem prisão em flagrante convertida em preventiva neste domingo (7)

Cônsul passou por audiência de custódia neste domingo (7) e disse que marido teve um surto, tropeçou e caiu. Laudo da perícia contesta versão

Portal A Crítica e Agência Reuters
07/08/2022 às 20:45.
Atualizado em 07/08/2022 às 20:46

Cônsul foi preso em flagrante na noite de sábado (6) após perícia constatar indícios de morte violenta no apartamento onde o alemão morava com o marido (Reprodução/ Tv Globo)

A Justiça do Rio de Janeiro mudou para preventiva a prisão em flagrante do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, preso pela morte do marido Maximillen Biot, na última sexta-feira (5). O casal estava junto há 23 anos. Biot tinha 52 anos e há quatro morava no Rio de Janeiro.

Horas antes da audiência, a Justiça negou o pedido de habeas corpus para o diplomata alemão. A defesa de Hahn alegou que a prisão foi ilegal por não haver flagrante, além de desrespeitar a imunidade diplomática.

Depoimento contrasta com perícia

Na noite de sexta-feira (5), Hahn alegou que o marido sofreu um mal súbito, bateu a cabeça e morreu no apartamento onde morava em Ipanema, zona Sul do Rio de Janeiro. Já na audiência de custódia, o alemão alegou que o marido teve um surto, correu em direção ao terraço, tropeçou e caiu com o rosto no chão.

Porém o Instituto Médico Legal (IML) constatou vários ferimentos na cabeça e no corpo de Biot, indício de que ele foi morto de forma violenta. De acordo com o documento, a causa da morte foi um traumatismo craniano na parte posterior do corpo. Além disso, apresentou ferimentos no tórax, compatível com uma pisadura e agressões.

Baseado no laudo pericial, a delegada Camila Lourenço, da 14ª Delegacia Policial, pediu a prisão do cônsul.

Uma nova perícia deverá ser feita no apartamento com o uso de luminol, substância que reage a manchas de sangue.

O caso

O diplomata alemão no Rio de Janeiro, Uwe Herbert Hahn, foi preso na noite de sábado (6) em conexão com a morte de seu marido belga, informou a polícia. Hahn disse que seu marido, Walter Biot, morreu na sexta-feira ao cair de seu apartamento no bairro de Ipanema após sofrer uma doença súbita.

Mas a polícia o prendeu por suspeita de assassinato depois que a perícia encontrou manchas de sangue no apartamento e a autópsia do corpo de Biot mostrou vários ferimentos. Imagens de televisão mostraram a polícia levando Hahn em um carro da polícia.

"As circunstâncias da morte são evidentes. Percebemos que houve uma morte violenta pelos vestígios de ferimentos em diferentes partes do corpo", disse a investigadora Camila Lourenço.

O Ministério das Relações Exteriores em Berlim disse que sua embaixada em Brasília e consulado no Rio de Janeiro estão em contato próximo com as autoridades brasileiras que investigam o caso. Ele se recusou a fornecer mais detalhes devido a investigações em andamento e para proteger a privacidade dos indivíduos.

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