Corpos de Marcos Rodrigues Feitosa, 39, Maria Viana Carneiro, 66 e Rômulo Augusto de Morais Pereira, 36, vítimas do desabamento de uma ponte da BR-319, no município de Careiro Castanho, chegaram no início da noite desta quarta-feira (28), na sede do Instituto Médico Legal (IML)
(Foto: Divulgação)
Os corpos das vítimas Marcos Rodrigues Feitosa, 39, Maria Viana Carneiro, 66 e Rômulo Augusto de Morais Pereira, 36, vítimas do desabamento de uma ponte da BR-319, no município de Careiro Castanho, chegaram no início da noite desta quarta-feira (28), na sede do Instituto Médico Legal (IML), na zona Leste de Manaus.
Na chegada, familiares que estavam presentes no local, não contaram as lágrimas com a situação. O filho de dona Maria, Paulo Magno, revelou que a mãe era casada há muitos anos e somente neste ano, teve uma festa de casamento.
"Minha mãe era um amor de possoa, tirava do dela para dar para os filhos. Aposentada, estava aproveitando a vida do jeito que ela gostava e vinha para Manaus fazer as compras da casa. Ascendeu o alerta quando apareceu na TV, ontem (27), o estado da ponte e quando foi hoje...", comentou.
Dona Rainelma Gama, 38, não consegue esconder a dor de perder o companheiro Marcos, motorista de caminhão, e que tinham 12 anos de casamento. Bastante abalada, a esposa disse que sempre o marido falava do perigo que era passar pela BR-319 e nada era feito pelas autoridades.
"Eu tenho como comprovar, ele mandava fotos falando que a pista era escorregadia, da ponte que tava balançando. Então a gente tinha noção do perigo que tava acontecendo, mas nunca pensei que fosse acontecer agora", desabafou a esposa em meio a lágrimas.
Marcos deixa órfão três filhas de outro relacionamento. Os últimos momentos em família foram noite de ontem (27), feliz, comemorava o aniversário do cunhado. A vítima, já fazia planos para seu aniversário de 40 anos em dezembro.
Famílias vão buscar pro justiça
Em meio à tristeza de peder um enterro querido, os familiares não esconderam o sentimento de Justiça e pediram para o órgão público celeridade no processo e que caso seja necessário, irão prestar apoio à imprensa e ao magistrado.
"A gente pede que as autoridades façam algo por essas pontes e pistas do interior do Estado, que a gente sabe que precisam de melhorias. Por mim, pela minha família que vai ficar com esse buraco no peito e por outras famílias. Façam isso pela gente", completou Rainelma.
"Com certeza será feito um inquérito e nos vamos prestar todo tipo de apoio a Justiça se for necessário. Vamos lutar por Justiça por todos que se foram nessa tragédia", finalizou Paulo.