Julgamento

"Esperança de que o acusado seja penalizado", diz família de Edizandro Santos

Tenente da Polícia Militar Joselito Pessoa Anselmo vai a júri popular nesta quarta-feira (14).

Thiago Monteiro
13/09/2022 às 15:08.
Atualizado em 13/09/2022 às 15:09

(Foto: Divulgação)

"Nossa família está na esperança de que o acusado seja penalizado pelo crime que cometeu", disse Alana Viana, sobrinha do sargento da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Edizandro Santos Louzada, de 40 anos, que foi uma das vítimas fatais do duplo homicídio e dupla tentativa de homicídio, que aconteceu em 2019, dentro de uma viatura da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), no bairro Colônia Santo Antônio, Zona Norte de Manaus. 

Por conta deste crime, o tenente da Polícia Militar Joselito Pessoa Anselmo vai a júri popular nesta quarta-feira (14).
 
"É inaceitável que uma pessoa que tenha tirado a vida de duas pessoas e ter tentado matar outras duas, simplesmente fique impune. Amanhã (14) estaremos lá às 7h com um manifesto em frente ao fórum para clamar por justiça pela vida que foi tirada do meu tio e também para dar forças às vítimas que sobreviveram e podem testemunhar com precisão o que aconteceu naquela noite em 2019", afirmou Viana. 

O irmão do cabo Grasiano Negreiros (outra vítima fatal), identificado apenas por Alessandro afirmou que a família também quer justiça.

O sargento Edizandro Louzada e o cabo Grasiano Negreiros foram mortos a tiros dentro da viatura da PM, enquanto, o borracheiro Robson Almeida e o major Ludernilson Paula foram feridos a tiros. Ludernilson ficou tetraplégico devido ao crime. 

O tenente será julgado pelo conselho de sentença da 3ª Vara do Tribunal de Júri da Comarca de Manaus. O julgamento está marcado para começar as 9h, no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, avenida Jornalista Umberto Calderaro Filho, bairro de São Francisco e será presidido pelo Juiz de direito Lucas Couto Bezerra.

O crime

O crime ocorreu por volta das 2h, no ano de 2019, dentro de um carro da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), depois que os quatro militares e um civil passaram a tarde e parte da noite bebendo cerveja em bares da cidade, principalmente, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus.

Já embriagados, os militares começaram uma briga dentro do veículo e Joselito teria sacado a sua arma dizendo que ia matar todos e atirado contra a cabeça do sargento Edizandro, que estava dirigindo o veículo.

O outro tiro foi feito na cabeça do cabo Graziano. Ainda no carro, o major Lurdenilson também levou um tiro, assim como o borracheiro. O borracheiro conseguiu tomar a arma do tenente e, mesmo estando baleado, saiu correndo.

Na época, a Delegacia Especializada em No dia do crime, a DEHS encontrou dentro do carro um balde com garrafas de bebidas alcoólicas e materiais de uso da polícia. Joselito chegou a ser preso.

O tenente responde o crime em liberdade, após ter a prisão preventiva revogada pelo juiz Mauro Antony em 2020. Na época, a justiça alegou que o tenente é "réu primário" tinha "colaborado com a instrução processual".

O major Ludernilson Paula, que era o comandante da 18ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) e foi um dos sobreviventes do crime no bairro Colônia Santo Antônio e ficou tetraplégico afirmou a reportagem que a "expectativa para esse julgamento é a condenação do tenente Joselito Anselmo".

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