Homem morre e outro fica ferido em tiroteio na Compensa
Testemunhas disseram que o alvo seria o enteado da vítima
Os moradores da região estão assustados com a violência no local (Foto: Arlesson Sicsú)
O vendedor de marmitas Alex Mendes, 31, conhecido como 'Cabelinho' morreu e o morador de rua conhecido apenas como 'Bebé', ficou baleado na manhã desta quarta-feira (16), no Beco Alexandre Herculano, bairro Compensa, zona oeste de Manaus.
De acordo com o vizinho do vendedor de marmitas, Itamar Ferreira de Melo, três suspeitos entraram no beco e iniciaram os disparos. Alex ainda tentou fugir, mas não conseguiu.
"Eu escutei cerca de sete disparos. Quando eu abri a porta, vi uns 'moleques' correndo e nos deparamos com o corpo do Alex, que ainda tentou escapar. O Bebé estava com ele aqui, conversando acabou sendo atingido também. Estavam esperando a nora do Alex, que foi baleada ontem", disse o morador.
Ainda segundo Itamar, essa nora foi baleada na noite desta terça-feira (15), onde o suposto alvo dos bandidos, seria seu companheiro e enteado de Alex, que não teve o nome divulgado.
"Eu não sei dizer se é por tráfico, mas o meu amigo não era envolvido com o crime, morreu de graça e não merecia isso. O alvo seria o enteado dele, que ontem fugiu e ainda não foi localizado. O irmão do suposto alvo e filho da esposa do Alex, morreu ano passado, onde ela também foi baleada no ataque", acrescentou.
Esposa inconformada
Segundo a esposa da vítima, o casal vendia marmitas no centro da capital e a mãe de Alex, mora em Macapá. Em lágrimas, ela disse não saber a motivação do crime e reafirmou que ele não teria envolvimento com o mundo crime.
Medo instaurado
Ainda segundo Itamar Ferreira de Melo, ele pretende se mudar do local por medo de algum dia, ser atingido por uma bala perdida. "Já pensou se eu estivesse fora da minha casa? Se tivesse acertado em mim? Quero me mudar, porque está muito perigoso", afirmou.
O local foi isolado pela 8ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) e a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) foi acionada, assim como o Departamento de Polícia Técnico-Científico (DPTC) e o Instituto Médico Legal (IML).