Promotoria utilizou dos documentos de investigação da época, como materiais apreendidos e laudo pericial das causas da morte das vítimas, para sustentar a acusação contra Mano G, Goma e Bicho do Mato
(Foto: Arlesson Sicsú)
A tarde do segundo dia de julgamento dos réus Gelson Lima Carnaúba, o “Mano G”, Marcos Paulo da Cruz, o “Goma”, ) e Francisco Álvaro Pereira, o “Bicho do Mato” pelo massacre de 11 detentos e um agente penitenciário no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em 2002, foi dedicada aos argumentos da promotoria, de 2h e 30min, no Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro São Francisco, zona Centro-Sul de Manaus.
A promotora Lilian Nara Pinheiro utilizou dos documentos de investigação da época, como materiais apreendidos e laudo pericial das causas da morte das vítimas, para sustentar a acusação contra Mano G, Goma e Bicho do Mato, apontados como mandantes e executores da chacina.
'É uma cadeia muito engraçada, não tinha droga, não tinha nada"
O promotor Igor José Augusto Palheta utilizou dos depoimentos das testemunhas de defesa para fazer uma referência a uma canção infantil. "É uma cadeia muito engraçada, não tinha droga, não tinha nada. Ninguém podia fumar ali não, porque maconha não tinha ali. Era uma cadeia excepcional, porque nada tinha ali", cantou em plenário.
O promotor continuou sua defesa lembrando dos materiais apreendidos e perguntando ao júri: "Como os materiais foram encontrados se a cadeia, segundo as testemunhas teleguiadas de defesa, era um local onde as regras eram cumpridas?", indagou.
Ao final, a acusação explicou que as supostas fitas mostrariam a inocência dos três réus, porém foi lembrado que elas nunca apareceram e que, nos autos da acusação e em documento da própria defesa, foi apontado que um detento teria quebrado todas as câmeras de vigilância.
Durante a manhã, os três réus prestaram depoiemnto e negaram as acusações. O plenário foi suspenso por alguns minutos para dar início ao debate de 2h e 30min da defesa de Carnaúba, Goma e Bicho do Mato.
Entenda o caso
A chacina começou por volta das 07h10 do dia 25 de maio de 2002, quando detentos armados com armas de fogo e armas diversas (martelos, vergalhões, faças e estoques), mataram 12 preside o agente penitenciário José Valente Gama.
O agente foi morto com vários tiros e o ex-policial foi Luís Claudio Cordeiro de Almeida recebo crânio estourado por marteladas o outro ex-policial Antônio Rabelo Filho, foi morto a tiros e ainda teve o corpo golpeado é cortado por arma branca.
Os acusados trancaram as celas e mataram as as vítimas que estavam desarmadas. Os suspeitos dificultaram a defesa das vítimas.