Julgamento

Julgamento do tenente da PM Joselito Pessoa Anselmo começa nesta quarta-feira (14)

Ele é acusado de matar duas pessoas e de tentar assassinar outras duas

Joana Queiroz
13/09/2022 às 13:14.
Atualizado em 13/09/2022 às 13:14

(Foto: Arquivo A CRÍTICA)

O tenente da Polícia Militar Joselito Pessoa Anselmo vai a júri popular nesta quarta-feira (14) pelo homicídio qualificado de Edizandro Louzada e Grasiano Negreiros; e tentativa de homicídio contra o borracheiro Robson Almeida e Ludernilson Paula, crime ocorrido em janeiro de 2019, no bairro Colônia Santo Antônio.

O tenente será julgado pelo conselho de sentença da 3ª Vara do Tribunal de Júri da Comarca de Manaus. O julgamento está marcado para começar as 9h, no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, avenida Jornalista Umberto Calderaro Filho, bairro de São Francisco e será presidido pelo Juiz de direito Lucas Couto Bezerra.

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) será representado na acusação pelos promotores de justiça Luís do Rego Lobão Filho e Carolina Monteiro Chagas Maia. A defesa do réu ficará por conta dos advogados Mozarth Ribeiro Bessa Neto e Mário Jorge Reis Vitor.

O crime

O crime ocorreu por volta das 2h, dentro de um carro da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), depois que os quatro militares e um civil passaram a tarde e parte da noite bebendo cerveja em bares da cidade.

Já embriagados, os militares começaram uma briga dentro do veículo e Joselito teria sacado a sua arma dizendo que ia matar todos e atirado contra a cabeça do sargento Edizandro, que estava dirigindo o veículo.

O outro tiro foi feito na cabeça do cabo Graziano. Ainda no carro, o major Lurdenilson também levou um tiro, assim como o borracheiro. O borracheiro conseguiu tomar a arma do tenente e, mesmo estando baleado, saiu correndo.

Na época, a Delegacia Especializada em No dia do crime, a DEHS encontrou dentro do carro um balde com garrafas de bebidas alcoólicas e materiais de uso da polícia. Joselito chegou a ser preso.

O tenente responde o crime em liberdade, após ter a prisão preventiva revogada pelo juiz Mauro Antony em 2020. Na época, a justiça alegou que o tenente é "réu primário" tinha "colaborado com a instrução processual".

A defesa do tenente Joselito Pessoa promete, durante o julgamento que acontece amanhã, quarta-feira (14), provar que não foi ele quem fez os disparos contra os seus colegas de farda no dia 5 janeiro de 2019.

“A defesa vai trabalhar na defesa do réu com base nas provas dos autos” disse o advogado Mário Jorge Vitor. O advogado preferiu não revelar qual será a tese de defesa que vai usar para provar a inocência de seu cliente.

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