De acordo com a Justiça, versão do crime apresentada por Gabriel Pereira Dantas é "pouco crível e desconexa com os fatos". Ontem, ele se apresentou a Polícia Civil em São Paulo, e confessou participação no crime ocorrido no Vale do Javari, em Atalaia do Norte
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O Tribunal de Justiça da comarca de Atalaia do Norte, no interior do Amazonas, indeferiu o pedido de prisão temporária pedido pela Polícia Civil de São Paulo para Gabriel Pereira Dantas, que na quinta-feira (23) se apresentou voluntariamente à PC-SP e confessou participação nas mortes de indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom
Phillips, mortos no Vale do Javari, no interior do Amazonas.
De acordo com Justiça de Atalaia do Norte, o pedido feito pela Polícia Civil não pode ser aceito porque ainda não existem indícios comprovados que Gabriel teria participado dos crimes. De acordo com o Comitê de Crise, coordenado pela Polícia Federal do Amazonas, Gabriel teria apresentado uma "versão pouco crível e desconexa com os fatos até o momento apurados".
Ainda segundo a PF, após se apresentar a Polícia Civil, Gabriel Pereira teria sido encaminhado à sede da Polícia Federal em São Paulo/SP para ser formalmente ouvida e prestar esclarecimentos sobre os fatos, mas lá preferiu ficar em silêncio. Ele permanece em liberdade.
De acordo com o comitê de crise, as investigações sobre os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips continuam em andamento e novas diligências estão sendo realizadas pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Amazonas.
Nesta sexta-feira (24), seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Atalaia do Norte e de Benjamin Constant, tendo sido apreendidos objetos possivelmente relacionados com os delitos.