Investigação

Preso suspeito de ter sido mandante da morte de empresário em Manaus

Julian Larry Barbosa Soares, 34, encomendar o assassinato do sócio e também empresário Rafael Moura Cunha, 40, crime este que ocorreu no dia 2 de dezembro de 2021.

Natasha Pinto
08/04/2022 às 21:58.
Atualizado em 08/04/2022 às 21:58

(Foto: Jeiza Russo)

Dinheiro, ganância e fama. Esse foram os motivos que fizeram o empresário Julian Larry Barbosa Soares, 34, encomendar o assassinato do sócio e também empresário Rafael Moura Cunha, 40, crime este que ocorreu no dia 2 de dezembro de 2021.

As investigações de quatro meses apontaram que Julian contratou Alinelson William Araújo Pereira, conhecido no mundo do crime como 'Coringa', preso no último dia 25 de março, e que estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. Por este motivo, contratou o foragido Adriano Fogassa Almeida, 23, conhecido como 'Biscoito' ou 'Bolacha' para executar a vítima. 

"Julian e Rafael, tinham uma sociedade em um cafeteira, em um valor de R$ 400 mil. O mandante teria pagado apenas um valor de R$ 100 mil e Rafael estaria cobrando a divido de Julian. Por isso ele procurou Alinelson para matar o Rafael, mas como ele estava com tornozeleira eletrônica, ele terceirizou o serviço, contratando o Fogassa, onde viria a ser pago, a prestações", acrescentou. 

Por conta dessas prestações que os investigadores da DEHS conseguiram chegar até os envolvidos, já que os pagamentos eram feitos pela Caixa Econômica Federal, pagas inclusive, com o dinheiro do empreendimento da vítima com o mandante do crime.

"No inquérito temos que até o momento eles receberam cerca de R$ 14 mil. Eles receberam inicialmente R$ 6 mil seis e o Julian vinha pagando valores semanais desde o cometimento do delito até hoje, parcelas de R$ 600 a R$400. Esses depósitos eram feitos pelo próprio Julian em uma casa lotérica. Inclusive a própria investigação conseguiu imagens dele fazendo esses depósitos semanais que iam pra mão dessa dupla criminosa", completou.

SEM ARREPEMDIMENTOS

O delegado Ricardo Cunha também comentou que Julian não demonstrou nenhum tipo de arrependimento e não quis cooperar com as investigações enquanto estava prestando o seu depoimento. A prisão de Julian segundo o delegado, inclusive, pode ter salvado a vida de parentes do mandante do crime. 

"Ele tem esse perfil frio e calculista. Por conta desse perfil dissimulado era necessário retirá-lo de circulação, até porque um familiar já estaria reivindicando a parte dele na sociedade. Possivelmente, esse parente estaria correndo perigo, caso uma pessoa como o Julian estivesse livre. Poderíamos ter posteriormente um segundo homicídio", disse.

Agora Julian juntamente com Alinelson responderão pelo crime de homicídio qualificado. A Polícia Civil agora procura pelo terceiro envolvido, e pede ajuda da população com informações através do 181.

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