O suspeito disse que se entregou porque estava com medo de ser morto
Ele se apresentou à polícia na manhã desta terça-feira (24) (Foto: Junio Matos)
“Eu não matei o cabo, mas eu sei quem foi que o matou”. A negativa é do traficante Cristiano França de Souza, o 'Feroz', ao se apresentar na manhã desta terça-feira, 24, na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Ele atribuiu a autoria do crime a um homem identificado como “Lázaro”, dizendo que este ainda está de posse da arma do militar assassinado.
Feroz estava sendo procurado pela polícia como sendo o principal suspeito de ser o autor do tiro de espingarda que matou o cabo da Polícia Militar Isaías Filho no dia 4 de maio, na rua Praia do Forte, na comunidade Parque Riachuelo, no bairro Tarumã, na zona Oeste.
O suspeito chegou à especializada acompanhado pelos advogados Camila Alencar de Brito e Eguinaldo Gonçalves de Moura e revelou que decidiu se entregar à polícia porque estava com medo de ser morto pela polícia, principalmente pelos colegas de farda do cabo da Polícia Militar Isaías Filho.
O criminoso negou ser o autor do tiro de espingarda que acertou o peito do cabo e o matou. “Não fui eu. Sou inocente”, disse. Feroz também nega integrar a facção criminosa Comando Vermelho (CV) e diz que trabalha como taxista. Que foi apelidado de Feroz quando era adolescente por conta de jogos de vídeo game é que não tem
Nada a ver com o crime
De acordo com as investigações, ele é considerado um criminoso de alta periculosidade, que comanda o tráfico da área o de o cabo foi assassinado e que a maioria das execuções que acontecem na área é a mando dele.
O crime do cabo Isaías aconteceu na mesma localidade onde, no dia 3, ocorreu uma chacina com três homens executados a tiros depois de terem a casa invadida por aproximadamente dez homens.