FALSIDADE IDEOLÓGICA

Quarto suspeito de envolvimento nas mortes de Bruno e Dom foi preso após 'se enrolar' com documentos

Conhecido como "Colômbia", o suspeito apresentou documentações falsas ao se apresentar na Polícia Federal, em Tabatinga. Ele nega participação no duplo homicídio

Karol Rocha
08/07/2022 às 12:43.
Atualizado em 08/07/2022 às 12:53

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A prisão de um quarto suspeito das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, conhecido como "Colômbia" foi confirmada pela Polícia Federal do Amazonas durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8), na sede da superintendência. A prisão do suposto envolvido no caso foi realizada nessa quinta-feira (7), no Amazonas. 

De acordo com o superintendente da Polícia Federal Estadual, Eduardo Alexandre, o homem se apresentou espontaneamente na sede da Polícia Federal de Tabatinga, ele negou envolvimento no crime e durante vistoria, foi percebido que o indivíduo possuía duas identificações: uma no Brasil e outra na Colômbia. 

"Ontem nós prendemos em flagrante uma pessoa conhecida como Colômbia. Ele compareceu à Polícia Federal de Tabatinga para prestar esclarecimentos sobre este caso. Ele nega qualquer participação nesse duplo homicídio e também nega ser mandante", explicou a autoridade.
"Mas durante a sua apresentação, ele apresentou um documento falso. Ele apresenta um primeiro documento brasileiro tendo nascido em Benjamin Constant, mas no decorrer do depoimento, ele acaba dizendo que nasceu em Letícia e depois apresenta um outro documento, com um outro nome", disse.

Por conta da apresentação das documentações falsas, "Colômbia" foi preso em flagrante pela Polícia Federal. No Brasil, ele se identifica como Rubens Vilar Coelho e na Colômbia, ele usa o nome de Rubem Dario da Silva Vilar. Conforme a Polícia Federal, há informações de que ele teria ainda uma identificação peruana. Até o momento, não se sabe a identificação verdadeira do homem. 

"É uma prisão que em razão da pena como ela supera quatro anos, ela não admite fiança, então ele permanece preso e está sendo encaminhado para audiência de custódia, portanto, nós estamos aguardando a decisão judicial na expectativa de que ele permaneça preso, até para que possamos esclarecer qual é sua identidade. Ele teria um documento peruano, colombiano e brasileiro, com dados distintos”.

Segundo a Polícia Federal, ‘Colômbia’ trabalha com pesca naquela área do Javari. Atualmente, os policiais federais investigam se ele possui relações comerciais com pescadores ou financia a pesca ilegal naquela localidade. A PF afirma ainda que as investigações acerca das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips deverão continuar no Amazonas. 

“Nós estamos avançando no campo investigatório para saber de fato o que ocorreu, se existe ou não mais criminosos e aguardando então os laudos periciais que serão confeccionados após a reprodução simulada dos fatos”, declarou o superintendente regional, Eduardo Alexandre.

Reprodução Simulada dos Fatos

Ainda durante a coletiva de imprensa, o superintendente explicou da reprodução simulada dos fatos realizada na localidade onde estavam os pertences de Bruno Pereira e Dom Phillips, bem como onde foram encontrados os remanescentes humanos. Ao todo, nove peritos da Polícia Federal atuaram no trabalho que durou sete dias. 

“A reprodução simulada dos fatos é super importante porque permite que a gente já faça uma análise de tudo o que a gente já tem e aí agora com uma visão dos criminosos participando efetivamente dessa reprodução. É um trabalho muito complexo, mas nós acreditamos muito que vai ser um resultado bastante efetivo”.
Assuntos
Compartilhar
Sobre o Portal A Crítica
No Portal A Crítica, você encontra as últimas notícias do Amazonas, colunistas exclusivos, esportes, entretenimento, interior, economia, política, cultura e mais.
Portal A Crítica - Empresa de Jornais Calderaro LTDA.© Copyright 2024Todos direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por