Segundo advogado, suspeito queria dinheiro para drogas: “Não me falou nada sobre doença do filho”
Mais cedo, ao ser conduzido à Delegacia de Homicídios, o suspeito confesso da morte de Silvanilde Veiga, o vigilante Caio Claudino citou doença do filho e efeitos de "pó" para justificar o crime
(Fotos: Phil Limma)
"Ele falou que queria dinheiro para consumir drogas. Ele não me falou nada sobre a doença do filho", disse o advogado do suspeito confesso da morte da servidora federal Silvanilde Veiga, ocorrida no último dia 21 de maio. Familiares estão na Delegacia Especializada em Homícios de Sequestros (DEHS), mas não quiseram se manifestar.
De acordo com o advogado Samarone Gomes, o Caio Claudino, 23, não lembra exatamente o que teria acontecido no dia do crime e estaria apenas tendo alguns 'flashes' de memória.
"Ele alega que não se lembra do ocorrido. Que estava no serviço e cheirou uma porção de cocaína. Houve alguns 'flashes' do ocorrido, mas a dinâmica do que aconteceu, da forma que ocorreu, ele não lembra", disse.
O advogado afirmou ainda que Caio é usuário de drogas, que consome o entorpecente diariamente. "Esse momento aqui é de muita comoção, um momento de emoção. Então ele não está, ainda, conseguindo fazer o raciocínio da culpabilidade que ele tem e das circunstâncias do acontecimento", acrescentou.
Ainda segundo o advogado, o próximo passo da defesa, será analisar a dinâmica dos fatos e de como a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) chegou até ele, assim como a oitiva que Caio deu aos investigadores sem a presença dele.
"Vou procurar saber o que ele narrou na oitiva dele, que eu não fazia presente e que não impede de modo algum, a autoridade pública fazer a inquisição dele. Eu vou tomar esse conhecimento e a gente vai traçar uma medida de defesa mais técnica dos fatos ocorridos", finalizou o advogado.