Comando Militar da Amazônia deslocará 200 soldados para dar apoio as ações desenvolvidas pela Defesa Civil do Estado
(Começa nesta quarta (9) mobilização dos soldados que participaram da operação)
A partir das 10h desta quarta-feira (9), 200 soldados do Exército brasileiro entram na luta para diminuir os efeitos da enchente em Manaus. Por meio da Operação Enchente, o Comando Militar da Amazônia vai atuar no resgate de vítimas da cheia em Manaus. Eles vão às localidades de acesso mais difícil para levar mantimentos às famílias atingidas pela cheia do Rio Negro.
Nesta terça (8), o chefe do Estado Maior do CMA, José Luiz Jaborandy Júnior, anunciou que o Exército vai realizar uma parceria com a Defesa Civil do Amazonas para auxiliar o órgão nas ações realizadas em 20 localidades em Manaus, como os bairros de São Raimundo e Educandos e no entorno da capital do Amazonas.
“O Governo do Estado entrou em contato com o Comandante Militar da Amazônia, general Vilas Boas, solicitando o apoio do Exército para ajudarmos nesse momento de dificuldades da população de Manaus. Mesmo estando em meio ao desenvolvimento da operação Ágata 4, mobilizamos um efetivo de 150 homens que irão atuar nas ações em campo e mais 50, que irão prestar atividades de apoio para ajudar a Defesa Civil”, explicou o general Jaborandy.
A previsão é de que durante 60 dias o Exército atue em três frentes: logística, cadastramento das vítimas e distribuição de mantimentos.
“Nós não poderíamos deixar de ajudar o povo brasileiro porque o Exército é feito pelo povo brasileiro. Nessas frentes estaremos apoiando as equipes mobilizadas pela Defesa Civil para chegarmos as áreas mais críticas de inundações. Estaremos com viaturas terrestres, barcos, ferry boats, empurradores, balsas. Temos também caçambas e tratores e, se necessário, um helicóptero em casos emergenciais”, disse o general.
Ainda não há previsão sobre a atuação do Exército nas ações realizadas para atender as vítimas do interior do Estado. “Por enquanto a solicitação que chegou ao CMA se limita a Manaus. Mas se houver alguma necessidade futura, o CMA vai certamente viablizar tropas e material para ajudar a população atingida pela cheia dos rios. É importante enfatizar que essa é uma ação subsidiária desencadeada em regime de parceria com os custos por parte do Governo do Estado do Amazonas”, explicou.
Jaborandy explicou que, por muitas vezes, a Força Terrestre já se envolveu em ações humanitárias na capital e no interior do estado. “Assim que solicitados, sempre colocamos à disposição nossas estruturas ”, disse.
De acordo com o Chefe do Estado Maior do Comando Militar da Amazônia, José Luiz Jaborandy Júnior, a área de logística será uma das principais ações realizadas pelo Exercíto na Operação Enchente.
“Vamos viabilizar o acesso às pessoas que se encontram prejudicadas pela cheia em locais de difícil acesso como igarapés e furos de rio. Mas, não caberá ao Exército o recolhimento de entulhos e lixo, atividade que será realizada pelo município”, avisou.